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Aluno de Penacova suspeito de estar infectado ficou fechado 12 horas por falta de resposta do SNS24

Um aluno de 14 anos de Penacova, suspeito de estar infectado com COVID-19, esteve isolado 12 horas numa sala da escola, na terça-feira, por falta de resposta da linha SNS24, disse à agência Lusa a directora do agrupamento de Escolas de Penacova, Ana Clara Almeida. O aluno acabou por ser testado no Hospital Pediátrico de Coimbra, tendo sido concluído que não estava infectado com o coronavírus.

Tudo aconteceu na terça-feira, no início das aulas (8h30), com o aluno do 8º ano a apresentar muita tosse e a informar que o irmão tinha estado numa visita a Madrid. Perante estes dados, a escola decidiu, por prevenção, accionar o plano de contingência e colocá-lo na sala de isolamento previamente definida. Só que depois não conseguiram contactar a linha SNS24.

“Nós temos um fluxograma da Direção-Geral de Saúde, a que temos de obedecer. Quando há um caso suspeito, deve-se isolar o aluno. Esse passo foi feito, mas ficámos empancados no segundo, que é comunicar ao SNS24. A partir daí, não tivemos qualquer apoio”, critica a responsável sublinhando que assim que o jovem ficou isolado, perto das 08h30, a escola contactou a linha de apoio SNS24, tendo conseguido falar com uma enfermeira, pela primeira vez, “ao fim de duas horas”.

“Pediram a identificação do aluno, os sintomas que tinha, se o tínhamos postos em isolamento. Depois, pediram para ligarmos à Linha de Apoio ao Médico”, recordou. Durante todo o dia, a escola nunca conseguiu ser atendida na Linha de Apoio ao Médico, voltando a contactar o SNS24, em que uma enfermeira terá pedido para continuar à espera, passando mais de três horas com a chamada em espera, afirmou.

“Enquanto estávamos à espera, decidi ligar para o senhor comandante dos bombeiros locais, que primeiro tentou ajudar-me junto das entidades. Acabou por me telefonar a dizer que, se conseguisse que o pai fosse ter ao Pediátrico de Coimbra, que autorizava o transporte do aluno” para aquele hospital, explicou.

Com uma ambulância e um bombeiro devidamente preparados e o hospital já à espera do aluno, o jovem acabou por sair da escola por volta das 20h00, em direção ao Pediátrico de Coimbra, referiu.

“No fundo, tive que contar com a boa vontade dos bombeiros, porque, caso contrário, não sei como teria sido”, lamenta.  Ana Clara Almeida refere ainda que, desde a última chamada, ficou em espera e que não chegou a ser reencaminhada para um médico, que a escola não recebeu qualquer contacto por parte do SNS24.

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