A afirmação é do presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital (CMOH) que, ontem, participou numa tertúlia, no auditório da caixa de crédito agrícola, organizada pelo Grupo de Área de Projecto do 12º A da Escola Secundária.
Explicando que ,hoje, existem “dois tipos de pobreza” – a pobreza daqueles que “não são capazes de gerir os rendimentos” e os que não conseguem gerar rendimentos –, Mário Alves insistiu na necessidade de se apostar na “educação social”, como forma de ter retorno do investimento que o governo e os municípios fazem nas pessoas.
O autarca do PSD notou também que “o concelho tem uma boa rede de IPSS e bons técnicos a trabalharem” na área social, e frisou que nos tempos que correm as câmaras municipais “defrontam-se com uma nova realidade” que “é fruto da situação de crise que se vive no país e no mundo ao nível do desemprego”.
Salientando que há uns anos atrás as autarquias estavam mais empenhadas na construção de infra-estruturas e, hoje, têm que apostar na área social, Alves garantiu que a CMOH criou já um “fundo de emergência social” para acudir a situações de pobreza”.
Já Maria Bilro – uma enfermeira da Assistência Médica Internacional (AMI) – concentrou a sua intervenção na divulgação do trabalho internacional que aquela Organização Não Governamental (ONG), fundada pelo médico Fernando Nobre, vem desenvolvendo em vários cantos do mundo, e mostrou-se preocupada com o facto de um quinto da população do Planeta Terra viver em “situação de extrema miséria”.
Maria Bilro disse ainda que, apesar dos tempos de crise, a AMI “não se pode queixar da generosidade dos portugueses”, e destacou a importância do “jornalismo contra a indiferença” no apoio à construção de um mundo melhor