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Alunos do 4º ano regressaram à EB1 da cidade e têm aulas na biblioteca

Depois de terem iniciado o ano lectivo na sede do Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas por falta de espaço na EB1 da cidade, as três turmas do quarto ano do primeiro ciclo de ensino básico viram-se forçadas a regressar à escola de origem.

A decisão foi tomada pela direcção do Agrupamento depois de “encostada à parede”, perante a implementação do Plano Tecnológico que obriga a intervenções no interior das salas de aulas. “Tínhamos que decidir: ou tínhamos Internet, ou não tínhamos”, referiu o director Luís Ângelo, explicando ao correiodabeiraserra.com que caso não aceitasse a realização dos trabalhos, a escola ficaria no final da lista das escolas a intervencionar.

A direcção da escola estima que os trabalhos tenham a duração de 45 dias e que, os 65 alunos iniciem o segundo período escolar na sede do Agrupamento.

“Encostados à parede” ficaram também os encarregados de educação dos 65 alunos que, apenas, foram informados no dia 19 de Outubro – através de telefonema e carta enviada pelos educandos – da decisão de regresso à EB1 no dia 20.

Pais e direcção da escola falam de uma “transferência sem problemas”, em que estão asseguradas “todas as condições”, incluindo o transporte das crianças para o almoço que continua a ser servido na cantina da sede do Agrupamento.

“A EB1 da cidade é o que é…”

Pese embora o aparente consenso da comunidade educativa, a verdade é que a única sala de aula sobrante na EB1 não era suficiente para acolher as três turmas.

Perante o regresso de 65 alunos – a EB1 é agora frequentada por 249 alunos – a solução passou por encaixar as restantes duas turmas na Biblioteca que é composta por duas salas.

Sem azo a grandes considerações sobre a exiguidade do espaço da EB1 da cidade, o director Luís Ângelo limitou-se a verificar que aquela escola “é o que é” e não tem salas suficientes para acolher a totalidade dos alunos do primeiro ciclo.

Opinião semelhante foi também manifestada a este diário digital por Pedro Silva, presidente da Associação de Pais daquela escola, lamentando que a cidade não disponha de um moderno centro escolar, como os que existem em concelhos vizinhos.

Apesar deste aspecto desfavorável, Pedro Silva destacou o empenho da direcção do Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas que, neste caso concreto, assegurou todas as condições aos alunos e manteve uma boa articulação com os encarregados de Educação.

“Na terça-feira o director esteve na EB1 a esclarecer os pais acerca destas alterações”, frisou o representante dos pais, verificando que os maiores constrangimentos vão ser causados aos alunos que permanecem na sede do agrupamentos, pelo facto de serem obrigados a “saltar” de sala em sala.

De facto, Luís Ângelo também se confessa mais preocupado com os alunos do agrupamento que vão ser sujeitos a mudanças frequentes naquele recinto escolar. Sublinhou, contudo que, no início, a sua maior preocupação foram os alunos do 4º ano, pelo facto de lhes ser mais difícil a adaptação às frequentes alterações de sala de aula. “Quisemos que os meninos não andassem a saltitar”, sublinhou, referindo que por isso a solução passou pela transferência para a EB1.

Neste processo de mudança que afecta os 65 alunos, Luís Ângelo socorreu-se do blog de que a escola dispõe para informar os encarregados de educação sobre a forma como estão a ser desenroladas todas as alterações.

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