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António Lopes: “a lista do PSD à Câmara é de longe do ponto de vista técnico-profissional muito mais competente que a do PS”

A apresentação do candidato do PSD à Assembleia de Freguesia de Travanca de Lagos contou com um momento insólito. Reuniu no mesmo espaço e no apoio aos mesmos candidatos o antigo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, Mário Alves, e aquele foi eleito nas últimas autárquicas como presidente da Assembleia Municipal, António Lopes. Dois homens desavindos e que nem sequer se cumprimentaram. Mas a surpreendente presença de António Lopes não deixou ninguém indiferente, acabando mesmo o candidato à Câmara Municipal pelos sociais-democratas, João Paulo Abuquerque, por o convidar a usar da palavra e para dizer que “a lista do PSD à Câmara é de longe do ponto de vista técnico-profissional muito mais competente que a do PS”.

“Sou uma pessoa contraditória, mas há dois aspectos que me fazem estar aqui hoje. A primeira é que conheço o António Santos desde os bancos da escola e conheço o trabalho que desenvolveu. E não posso deixar de dar os parabéns ao João Paulo Albuquerque por avançar para disputar as eleições mais complicadas do PSD depois do 25 de Abril e reconheço que contribui para isso e tenho o dever moral de procurar corrigir esse erro. Depois, porque considero que as listas do PSD à Câmara constituem uma equipa do ponto de vista técnico-profissional de longe muito mais competente que aquela que é apresentada pelo PS”, começou por referir António Lopes, salientando que tal como ele também estava a ver ali muita gente que no passado esteve do outro lado.

“Mas as eleições para ser analisado e avaliado o trabalho do executivo e este merece ser castigado, caso contrário eu estaria com eles”, continuou António Lopes, frisando que até alguns membros da oposição já lhe confessaram “que as listas do PSD têm mais capacidade”. O ainda eleito na Assembleia Municipal pelo PS referiu que se bateu várias vezes pelo Lar Sarah Beirão, em Travanca de Lagos, e que o actual executivo lhe respondeu que a Câmara não tinha nada a ver com o assunto, uma vez que a Fundação com o mesmo nome estava em Tábua. Criticou ainda a falta de transparência do actual executivo liderado por José Carlos Alexandrino, recordando, a título de exemplo, que aquele órgão foi questionado por Mário Alves, quando este se encontrava na oposição, por 15 vezes sobre o que fazia o senhor Barreto na BLC3 e nunca lhes foi respondido. Apontou também que o caminho que José Carlos Alexandrino traçou para o município está longe de ser o indicado.

“Pensam que é com festas que se faz o desenvolvimento do concelho, mas entretanto fechou a Pousada do Desagravo e o município cria dificuldades a quem realiza projectos válidos como é o caso do empreendimento Aqua Village que nem sequer tem uma placa a indicar a sua localização”, continuou, sublinhando que não foi por acaso que passou a “ser contestatário”. “Essas pessoas não estão preocupadas com o concelho e ao contrário da ideia que procuram passar não têm a vitória garantida. Estamos num concelho que já foi conhecido como o Cavaquistão e a alternativa passa por estas listas do PSD”, rematou António Lopes.

O candidato à Câmara Municipal pelos sociais-democratas agradeceu as palavras de António Lopes e “àqueles que se libertaram de todo e qualquer receio e constrangimento, para darem à freguesia de Travanca uma nova oportunidade de escolha”. “Uma escolha sob a égide do PSD, com uma figura ilustre à proa que granjeou na freguesia e no concelho, um enorme respeito. A sua postura, as suas decisões, o trabalho e as obras que deixou, falam por si. Não me refiro a outro que não António Santos, que mais uma vez está presente, quando a sua freguesia, o seu concelho e o seu partido dele precisam”, referiu João Paulo Albuquerque garantindo que logo que seja eleito a “remodelação, edificação e abertura do Lar Sarah Beirão” será uma realidade. “É um compromisso para com os Travanquenses e para com os idosos carenciados que dele necessitam. A nossa equipa aposta na questão social. Podem contar com este tipo de iniciativas, não só em Travanca, mas noutros lugares do concelho”, disse.

“A cultura tem que renascer em Travanca e no concelho. Relembro que Travanca foi um ícone do teatro concelhio. Hoje as manifestações culturais são festas e as feiras animadas ao som dos bombos”, continuou, sublinhando depois o abandono a que têm sido votadas a linhas de água da freguesia.

“Há rios para além do Alva, o nosso Seia foi deixado ao abandono, ele que ajudou a alimentar tantas famílias, quer com os seus peixes, quer com as suas regadas e açudes, quer com os seus moinhos. Hoje não passa de uma linha de água mal cuidada, esquecida, e que tão bem podia ser aproveitado turisticamente. No Mondego a situação é ainda mais grave e acentuada e o rio  Cobral passou a ser esgoto de queijarias. A nossa equipa tomará as devidas medidas para colmatar estes esquecimentos propositados”, frisou, lembrando que na freguesia “o problema dos esgotos e da água devem ser urgentemente resolvidos”. “Situações como as da Adarnela não devem continuar. As acessibilidades não podem estar tanto tempo condicionadas como aconteceu com a ponte sobre o Cobral, cujas solução, mais parecia Santa Engrácia. Precisamos de uma junta activa e que não adormeça com o cantar do presidente da câmara como esta junta tem adormecido”, disse, antes de concluir “com humor, visto a política local ter sido uma festa”. “Acabo informando que numa freguesia tão crente e religiosa como Travanca, tendo Santos, dispensa diáconos”, concluiu.

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