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Assembleia aprovou Orçamento e Plano de Atividades para 2012

A “forte matriz social” que norteia o orçamento e plano de atividades da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital para 2012 revelou-se frutuosa na hora da votação do documento em reunião da Assembleia Municipal, realizada na manhã do último sábado. Sem registo de votos contra, o documento foi viabilizado com a asbtenção dos deputados presentes da bancada social-democrata e movimento independente “Oliveira do Hospital Sempre”, num total de oito. O conjunto dos presidentes de Junta de Freguesia votou favoravelmente.

À apreciação e votação dos deputados municipais foi colocado um orçamento com teto de 14 milhões de Euros e do qual faz parte uma maior preocupação do município pela causa social, inscrevendo para aquela rubrica 940 mil Euros, onde está previsto o arranque de um novo projeto social – Ativos sociais – a aquisição de habitações degradadas e conversão em habitações sociais, apoio à empregabilidade e contratualização.

“Este reforço é revelador da consciência social que o executivo tem”, considerou o presidente da Junta de Freguesia de Ervedal da Beira, Carlos Maia, que aplaude ainda mais a iniciativa se o corte de transferências às freguesias – passou de 620 mil para 500 mil euros – servir de benefício à rubrica social.

Em matéria de plano de atividades, o eleito pelo PS valorizou a intenção do município na requalificação das piscinas municipais e sugeriu ao executivo que a requalificação da Avenida Dr. Carlos Campos tenha por base “um projeto digno” porque “para afunilamentos em Oliveira do Hospital, já chega”.

O autarca de Ervedal da Beira disse ainda estar em face de um “plano e orçamento equilibrado”, mas criticou o impasse da Administração Regional de Saúde do Centro, no arranque da construção da extensão de saúde de Ervedal e, também, de Avô. “Espero bem que estas duas extensões de saúde não sejam postas na gaveta, porque há questões que devem ser assumidas e que transitam de anteriores governos”, referiu.

O documento que também mereceu o elogio do presidente da Junta de Freguesia de S. Gião – Manuel Garcia alertou porém para problemas de saneamento e abastecimento de água em algumas localidades – e do autarca de Lagares da Beira, chegou contudo a ser objeto de reparo por parte do presidente de Junta de Vila Franca da Beira, por entender que “a política assistencialista não resolve os problemas na essência”.

Do lado do movimento independente “Oliveira do Hospital Sempre”, José Vasco Campos sensibilizou o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital para o aumento dos despedimentos. “Está-se a entrar numa situação, onde ninguém paga a ninguém e a Câmara Municipal tem que estar atenta, porque não pode deixar as pessoas entrar em descalabro social”, referiu o deputado municipal, que também apelou às boas relações que o presidente do executivo tem com a direção da Caixa de Crédito Agrícola no sentido de facilitar a cedência de crédito aos empresários locais.

Ainda que de acordo com “o esforço do município para apoiar as famílias”, José Esteves, do PSD, criticou o reduzido investimento do município na área do turismo e a falta de apoio às micro empresas”.

“É um orçamento com flexibilidade e maleabilidade”

Defensor de uma política onde “a prioridade são as pessoas” – “as pessoas da minha aldeia sabem que eu sou assim”, disse – o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital frisou que o apoio social não se esgota na rubrica com aquele nome e que a verba que a autarquia reservou para acudir a casos de emergência social é de um milhão e 350 mil euros.

“É a maior obra projetada para Oliveira do Hospital”, afirmou José Carlos Alexandrino que espera não vir a ter que utilizar aquele montante. “Se o concelho não tiver a recessão prevista, gastaremos muito menos”, referiu, garantindo que a autarquia “não faz assistencialismo, faz ação social verdadeira”. Avisou por isso que o município estará atento porque “também há quem nos queira enganar”

Para o líder do executivo socialista, em causa está também um orçamento que tem “flexibilidade e maleabilidade” porque deixa a aporta aberta a algumas candidaturas. Referiu-se em concreto à possibilidade de construção de um novo centro escolar na cidade de Oliveira do Hospital, num investimento de não deverá ultrapassar os quatro milhões de Euros, que venha a ser subsidiado em 95 por cento pelo QREN.

Entre os objetivos de Alexandrino está a construção do centro escolar e consequente libertação da EB1 da cidade, que com um investimento na ordem dos 600 mil euros em adaptações, poderá funcionar como pólo 2 da ESTGOH que se encontra em funcionamento no antigo quartel de bombeiros da cidade. “Não sei se isto será possível, mas nós estamos na corrida à bolsa de mérito”, confidenciou Alexandrino, contando que de momento “não há garantias de nada”.

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