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Autárquicas 2009: PS quer realizar três obras, em cada freguesia, nos primeiros 100 dias à frente do executivo

Isto mesmo foi dito pelo candidato do PS à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital no final do Fórum da Juventude realizado, ao final da tarde de sábado, por ocasião da inauguração da sede de candidatura e, da apresentação de João Nunes – jovem investigador na Universidade de Coimbra – como mandatário da Juventude.

Assumindo uma luta em prol do desenvolvimento industrial, José Carlos Alexandrino, transmitiu palavras de confiança aos habitantes das 21 freguesias – o PS é a única força política que concorre à totalidade dos órgãos autárquicos concelhios – e comprometeu-se a realizar três obras em cada freguesia nos primeiros 100 dias à frente do executivo camarário.

Da mensagem que Alexandrino pretende transmitir no próximo dia 20 de Setembro, faz ainda parte a promessa de que, até ao final do mandato, o PS vai realizar uma obra de grande dimensão em cada freguesia.

Com uma mão cheia de ambições que pretende concretizar – “o sonho comanda a vida”, referiu – José Carlos Alexandrino rodeou-se dos companheiros de luta e encheu, por completo, a sede de candidatura que inaugurou com uma acção dedicada àqueles que o candidato pretende não deixar fugir do concelho: os jovens.

Visivelmente satisfeito com a forma como os jovens acederam ao repto e ousaram fazer uso da palavra para expressar insatisfações e tornar públicas as ambições, Alexandrino transmitiu palavras de agradecimento aos que a ele se juntaram para se candidatarem às Juntas de Freguesia. “Todos percebemos que isso não é fácil. Sofreram pressões enormes e tiveram coragem de fazer parte das nossas listas”, frisou, ao mesmo tempo que idealizou as próximas eleições autárquicas, em que não haverá lugar a pressões, nem problemas na hora da constituição das listas. “Se isso acontecer, é porque nós seremos Câmara Municipal e não exerceremos essa pressão vergonhosa”, sustentou.

Numa altura em que o desenvolvimento industrial surge no topo das prioridades dos socialistas, também a recuperação da Ficacol faz parte do discurso de Alexandrino que toma a Expofacic de Cantanhede como um exemplo a seguir. Quando já é conhecida a intenção de criação de um parque tecnológico experimental, o candidato enriquece a lista de projectos para a zona Norte do concelho com a vontade de constituição da Associação de Desenvolvimento da Cordinha. Já para a parte Sul, a vontade de Alexandrino assenta no projecto intermunicipal do Vale do Alva. “Oliveira do Hospital precisa de arranjar uma marca e criar uma agência de desenvolvimento dos vales do Alva e Alvôco, no âmbito de um projecto intermunicipal”, referiu o candidato que também encara a Educação como uma matéria a priorizar.

“Houve problemas em Galizes e Senhor das Almas que, facilmente, se resolveriam se houvesse um centro escolar naquele território”, adiantou. O ensino profissional do concelho, também, mereceu a consideração de Alexandrino, que se posicionou contra o actual responsável pela Eptoliva, por entender que o director daquela escola deveria ser um “homem com conhecimento no mundo do ensino profissional e alguém que se relacionasse com o mundo empresarial”.

Repudiando a forma como a Câmara Municipal se relaciona com os presidentes de Junta, José carlos Alexandrino sossegou os candidatos a autarca com a certeza de que vai criar gabinete de apoio aos presidentes de Junta de Freguesia. O objectivo – explicou – é o de “lhes facilitar a vida e evitar desigualdades entre eles”.

Também a questão da concentração de tarefas mereceu o desapreço do candidato que tem nos seus horizontes a criação de uma “empresa municipalizada”. Decidido em tratar todos por igual – “é possível construirmos um concelho melhor onde haja concursos onde todos possam ir livremente”, referiu – Alexandrino comprometeu-se a uma posição igual para com todos os órgãos de comunicação social do concelho, quer em matéria de divulgação de informação, quer de publicidade. Mas, foi sobre a Rádio Boa Nova que recaíram as principais críticas de Alexandrino, pela desigual cobertura jornalística em matéria de eleições autárquicas. “Se for eleito, apoiarei a Rádio Boa Nova a ser isenta”, prometeu.

Protagonista de uma candidatura que pretende “tratar bem as pessoas”, José Carlos Alexandrino posicionou-se em defesa de obras que entende como essenciais para a população. Colocou por isso, o saneamento e o abastecimento de água num patamar mais elevado que as rotundas.

Defensor da criação de uma agência de desenvolvimento cultural, Alexandrino não descartou também a possibilidade de implementar uma rede de mini autocarros em algumas zonas do concelho e, não escondeu o sonho de um dia poder transformar Oliveira do Hospital na “primeira cidade sem carros”.

Assumindo o trabalho em equipa como o principal método da sua actuação, o candidato a presidente da Câmara Municipal disse estar sempre disposto a ouvir os conselhos dos que mais sabem, apontando o exemplo de Fernando Tavares Pereira – o empresário tem novos projectos para Oliveira do Hospital – António Nabais e Mário Ruivo que, no sábado, não ousaram faltar à inauguração da sua sede de candidatura.

“Qualquer dia ficam cá os da minha idade”

Pegando nas actuações do actual executivo para dar conta daquilo que não deve ser feito pela futura equipa camarária, o candidato à Assembleia Municipal repudiou as pressões de que têm sido alvo os candidatos a presidente de Junta e, denunciou a falta de condições que está a assombrar a juventude.

“Estamos num ciclo de vida, neste concelho, onde, qualquer dia ficam cá os da minha idade”, verificou António Lopes, reforçando a luta do PS na criação de emprego e no diálogo com os empreendedores. Porque, o objectivo – explicou – é o de impedir que o concelho “regrida de 3º para 13º” em matéria de desenvolvimento.

Crítico em relação aos milhões gastos na realização de obras de “fachada”, o candidato à Assembleia Municipal disse ser seu objectivo potenciar “um diálogo que leve ao desenvolvimento e à concordância para que seja possível potenciar a mudança do concelho”. Em período de pré-campanha, António Lopes posicionou-se ainda em defesa do contacto próximo com a população, como forma de “combater e erradicar de uma vez por todas da nossa terra” uma candidatura que “nasceu de forma anómala e anti-democrática”.

“Vai ser um porta a porta duro”

Consciente da luta que se avizinha, o candidato do PS à Junta de Freguesia de Oliveira do Hospital disse que o período de campanha “vai ser um porta a porta duro”.

Destacando a consistência da equipa que lidera, Nuno Oliveira – a terminar o mandato de membro daquela Assembleia de Freguesia pela CDU – não deixou de repudiar situações verificadas na constituição de outras listas, denunciando casos em que houve aproveitamento da ignorância das pessoas. “Comprar a dignidade das pessoas eu não vou aceitar”, avisou o candidato, que se mostrou confiante na vitória da sua equipa que conta com António José Faria da Cunha e Rui Dias.

Em defesa da acção social – “política para mim não me diz nada”, frisou – Nuno Oliveira transmitiu palavras de confiança às seis localidades da freguesia. “Esta Junta não vai ser, apenas, chamada para as licenças dos cães e dos cemitérios”, referiu, colocando os jovens, os idosos e as instituições no centro das atenções do projecto que lidera.

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