A chuva atrapalhou um pouco os planos. Mas não o suficiente para tirar brilho às comemorações dos 93 anos de existência da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital. A cerimónia, que decorreu hoje, contou com a presença de várias individualidades ligadas aos soldados da paz e às forças de segurança, bem como com o secretário de Estado da Administração Interna. E João Almeida ficou particularmente impressionado com a capacidade demonstrada pela corporação para atrair jovens.
“Os elementos mais novos demonstraram que esta corporação tem futuro. Pela capacidade de recrutamento percebe-se que estamos perante uma instituição que sabe projectar o futuro”, referiu o secretário Estado que assistiu à bênção de uma nova viatura e inaugurou uma garagem na cave das instalações da corporação. Isto depois das condecorações e promoções, uma cerimónia onde não faltou a distinção para os mais novos. “A escolinha e a fanfarra fazem com que continuemos a sentir-nos jovens. Contribuem para a formação dos jovens que serão os futuros bombeiros”, sublinhou, por seu lado, o comandante da corporação Emídio Camacho, lembrando que neste momento se encontram em execução obras que vão permitir um maior conforto aos seus homens e mulheres. “E só me resta agradecer pelo esforço, disponibilidade e vontade demonstrada por todos”, resumiu.
Nenhum dos intervenientes nos discursos se esqueceu da importância da corporação para a comunidade, como poucos puderam ignorar que na plateia estava António Lopes uma das poucas personalidades nacionais distinguidas com a Fénix de Honra e com o Crachá de Ouro dos bombeiros portugueses. Até mesmo o seu agora adversário político e vice-presidente da autarquia, Francisco Rolo, que substituiu o presidente José Carlos Alexandrino (encontra-se no estrangeiro em representação institucional) fez questão de o saudar.
Francisco Rolo revelou, depois, que José Carlos Alexandrino, na impossibilidade de estar presente, deixou uma carta na qual referia “que a actividade operacional daquela corporação é motivo de orgulho”. “O município está-lhe eternamente agradecido pelo que faz por Oliveira do Hospital”, leu o vice-presidente da autarquia que, por seu lado, lembrou que é filho de um bombeiro voluntário e também não se conteve em elogios à corporação e da relação desta com o município.
“Feliz é o concelho, como é o caso, onde existe uma relação de respeito, harmonia e convergência de esforços para que a população se sinta segura”, frisou Francisco Rolo, lembrando que este ano alguma falta de cuidado já obrigou aquela corporação a intervir em diversos incêndios. “Foram intervenções que resultaram de alguma falta de atenção na realização de queimadas. É preciso mais cuidado”, alertou, sem esquecer o apelo da presidente da Assembleia Geral daquela instituição, Maria José Freixinho, para que a Câmara Municipal homenageasse a corporação no próximo dia sete de Outubro. “Levarei o caso à Assembleia Municipal que é quem tem capacidade para decidir”, frisou.
Um dos momentos altos das condecorações foi a entrega do prémio Manuel dos Santos Gouveia Serra que distinguiu o bombeiro do ano. O galardão, promovido pelo município, foi atribuído a Nuno Alexandre Brito Moura que está ao serviço da instituição desde 1999, por ter sido o que, no entender dos líderes da corporação, melhor cumpriu os vários requisitos necessários para esta distinção.
Antes, e perante uma irritante chuvinha, houve um desfile pela cidade. Com os muitos carros e elementos da corporação. Desde os mais novos aos mais experientes. A comemoração terminou com um almoço.