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Câmara Municipal de Oliveira do Hospital assinou contratos de trabalho a 53 pessoas

Pela primeira vez, o Salão Nobre da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital foi palco da assinatura de contratos de trabalho para mais de meia centena de desempregados.

Esta manhã, numa acção conjunta do executivo municipal e Instituto de Emprego e Formação Profissional, a autarquia procedeu à admissão de 53 pessoas nas modalidade de estágios de Qualificação e Emprego, e contratos de Emprego/Inserção que abrange beneficiários do subsídio de desemprego e do Rendimento Social de Inserção.

Os estágios têm a duração de nove meses e os restantes contratos prolongam-se por ano, com excepção dos casos em que o subsídio de desemprego finde antes do terminus daquela data.

Apesar de o balanço à situação de emprego no concelho não ser nada animadora, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital apostou num discurso optimista e de esperança. “O futuro há-de melhorar. Hão-de ter esperança porque terão o direito ao trabalho para criarem mais emprego no concelho e no país”, afirmou José Carlos Alexandrino que entre os objectivos da contratação dos 53 trabalhadores colocou à cabeça a confiança de que os novos trabalhadores irão contribuir para a “melhoria do concelho de Oliveira do Hospital”.

Imediatamente a seguir, o presidente destacou a preocupação do seu executivo para com desempregados. “Queremos dar um sinal claro de que a Câmara se preocupa com todos os desempregados e não só convosco”, frisou, ao mesmo tempo que destacou a necessidade de arranjarem condições alternativas de emprego aos têxteis e de se instalarem novas empresas.

A motivação das pessoas foi outro dos objectivos enunciados por Alexandrino, que também observou que desta forma “o concelho vai ter outro poder de compra” e, se vai formar “um movimento de combate à crise”.

Quando a lei determina a realização de concursos nacionais para as autarquias, Alexandrino vê também nesta admissão a possibilidade de os trabalhadores ganharem uma maior experiência para, no futuro, poderem concorrer para todas as câmaras municipais.

Satisfeito com a contratação de 53 trabalhadores, José Carlos Alexandrino desvalorizou os “discursos deprimidos” e mostrou-se mais empenhado em dar sinais de preocupação para com os desempregados.

“Podemos ter bons caminhos e uma boa casa, mas se não tivermos emprego para as nossas gentes, teremos um município em liquidação”, observou o presidente da Câmara, que disse querer “estar ao lado das pessoas que precisam para as poder ajudar a resolver os problemas”.

Para a concretização desta “experiência piloto”, a Câmara Municipal contou com a estreita colaboração do IEFP, junto do qual agilizou as respectivas candidaturas. Alexandrino, não deixou por isso de destacar a disponibilidade e o trabalho realizado por Paulo Teles Marques, director do Centro de Emprego de Arganil.

“Não são todas as autarquias que tomam esta iniciativa”

A acção dinamizada pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital mereceu os elogios do delegado regional do Centro do IEFP que considerou “extremamente positiva” a “atitude tão rápida de combate ao desemprego assumida pela autarquia”.

“Não são todas as autarquias que tomam esta iniciativa”, afirmou Armando Nunes da Silva, verificando que “há uma grande solidariedade da autarquia para com as pessoas do município”.

Embora tenha optado por apelar a uma atitude positiva como forma de se ultrapassar a crise, o responsável regional do IEFP não conseguiu contornar os números do desemprego no concelho de Oliveira do Hospital.

“Existe aqui um problema de crise e desemprego”, observou Nunes da Silva, frisando que em termos homólogos o desemprego cresceu na ordem dos 20 por cento. “É muito”, admitiu.

Contudo e numa espécie de receita de combate à crise, Nunes da Silva aconselhou ao uso das medidas disponibilizadas pelo Governo. “O município está a usar essas linhas defendidas”, notou o delegado regional, aconselhando também as empresas “saudáveis” a acolherem “jovens qualificados que podem ajudar a encontrar as soluções dos problemas”.

Para Nunes da Silva é importante permitir que os jovens adquiram novas competências porque é necessária “capacidade de empreender e de se criarem empresas novas”.

Para além do projecto colocado em marcha pelo município, Nunes da Silva destacou também a boa articulação entre a autarquia e o Centro de Emprego de Arganil. Frisou em concreto o facto de a Câmara ter disponibilizado um espaço para a instalação de um Gabinete de Inserção Profissional.

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