Pretende apostar em algo novo, capaz de atrair pessoas. Um projecto com capacidade de surpreender, fazer as pessoas regressar várias vezes, e valorizar os produtos autóctones. Trata-se da construção de um parque temático de miradouros. Esta é a ideia de Paulo Caetano pretende apresentar aos eleitores e que lhe permitirá, acredita, valorizar a localidade, explorando a altitude de uma das localidades da União de Juntas de Freguesia de Celorico da Beira e Vila Boa do Mondego, Aldeia da Serra, à qual se pretende candidatar. Assegura que já estabeleceu contacto com profissionais do sector e que o projecto aproveitará as árvores autóctones já existentes no local, como nomeadamente o castanheiro e o carvalho, e o restante será construído com madeira já utilizada.
A ideia passa por criar um espaço “que surpreenda, que seja apelativo para as pessoas se deslocarem e visitarem”, desenvolvido de forma a deixar uma pegada de carbono neutra. “As madeiras que vierem a ser utilizadas serão reutilizadas e retiradas, por exemplo, de casas velhas, onde a madeira foi usada e está abandonada”, resume.
E cada um dos miradouros, explicam, servirá para um determinado estado de espírito. “Para observar o nascer e o pôr do sol”, conta o candidatado, salientando que com aquele tipo de árvores é possível interagir desde o nascimento à queda da folha.
Um dos miradouros ficará, segundo o projecto, em torno de uma árvore, dividido em quatro plataformas de dois, quatro, seis e oito metros. “Permitirá uma vasta vista sobre toda a região”. Outra das apostas fortes é a construção de um castelo com madeiras para conseguir a atracção dos mais novos e permitir uma maior liberdade aos adultos. “Terá a forma do Castelo de Celorico da Beira e com vista para o mesmo”, explica o pretendente ao cargo de autarca.
Além do miradouro vertical, haverá lugar para um miradouro horizontal, “mais introspectivo, onde será colocado um cadeirão de namoradeira”. Aí, dizem, estará um espaço para os tradicionais “selfies” que os projectistas pretendem que identifique imediatamente Aldeia da Serra.
“Será um espaço que aproveita as nossas belezas naturais, porque foi algo que a natureza nos legou e que temos de aproveitar”, explica, frisando que não podemos continuar “a manter uma inércia” que vai “deixando os territórios do interior cada vez mais desertos”. “Temos de ser proactivos e mesmo eu não venha a ganhar as eleições que haja quem pegue nestas ideias”, conclui.