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Um jovem casal e os responsáveis pela empresa Fonseca & Fonseca envolveram-se na tarde do passado sábado, em pleno Largo Ribeiro do Amaral, numa discussão...

Casal entrou no Largo Ribeiro do Amaral e envolveu-se em discussão com empreiteiros

…que já está sob a alçada da GNR. O casal queixa-se de agressão física. Os empreiteiros recusam a acusação e denunciam a entrada em espaço proibido, acrescida de danos no interior da obra.

Apresentaram queixa no posto da GNR de Oliveira do Hospital ontem de manhã, mas reporta-se a sábado, o episódio que Sandrine Coelho e Pedro Martins comunicaram ao correiodabeiraserra.com, marcado – como contaram – pela agressão física. “Necessitávamos de atravessar a zona central do Largo e como o acesso estava aberto entrámos por pensarmos que tinha saída. Percebemos que não e fizemos inversão de marcha”, começou por contar Sandrine Coelho que, por residir há alguns anos no Porto disse não estar a par dos trabalhos que decorrem na cidade.

Confessou-se estupefacta com a reacção de um dos responsáveis pela obra, Jorge Fonseca que – como contou – terá questionado: “o que é que vocês querem da obra? O que é que estão aqui a fazer? São cegos? Não viram o sinal?”. Mas, o que mais indignou o casal foi a alegada reacção de Jorge Fonseca à expressão proferida por ambos: “Calma, não é preciso falar assim”. “Ele deu uma estalada ao Pedro ainda dentro do carro”, contou Sandrine, acrescentando que ambos saíram do veículo, acabando por ser “enfrentados pelos irmãos Jorge e Paulo Fonseca” quando a jovem terá dito que ia chamar a polícia. Em face do sucedido, o casal dirigiu-se à GNR – que como disseram – demorou “muito tempo” a acorrer ao local, acabando por não encontrar ninguém na obra. Numa apreciação ao sucedido, Sandrine e Pedro falam de um “caso surreal e inacreditável”. “Em 26 anos nunca tinha levado na boca”, contou Pedro Martins.

Agora compreende que não devia ter entrado porque – apesar de não se ter apercebido – estava lá o sinal de proibição, mas considera que “não é assim que se informa alguém de que não pode estar em determinado sítio”.

“Partiram toda a linha de marcação e causaram prejuízo”

 

Versão completamente diferente é a de António Fonseca que, apesar de não ter estado envolvido na discussão, a presenciou. “Não é verdade que o meu irmão Jorge lhe bateu”, contou ao correiodabeiraserra.com, explicando que ele apenas impediu o jovem de o agredir, afastando-o com o braço.

“Ele saiu do carro de braços no ar e disse: o que é que queres meu parvo de m…”, contou ao mesmo tempo que desaprovou o comportamento do casal desde que transpôs a zona de acesso à obra. “Mal entraram, o meu irmão começou-os a avisar de que não podiam ali estar, mas eles continuaram a não ligar e só pararam a cerca de 200 metros da entrada”, contou o empresário oliveirense, denunciando ainda que o casal acabou por estragar todo um trabalho que estava a ser realizado.

“Partiu toda a linha de marcação e causou prejuízo tendo que, no dia seguinte, voltar o topógrafo, para repor as coisas no lugar”, referiu a este diário digital, decidido em também avançar com uma queixa na GNR por o casal não respeitar a sinalização que se encontra à entrada da obra. Fonseca disse que os próprios carros da obra foram impedidos de circular a partir das 15h00 para não causarem danos.

“Eu não estive envolvido, mas aproximei-me e disse-lhes para se irem embora e ainda me responderam que só iam se quisessem. Até me perguntaram quem eu era para os mandar embora”, contou, confessando que acabou por lhes virar as costas.

Ao correiodabeiraserra.com, António Fonseca mostrou-se contra o comportamento de Sandrine e Pedro e lembrou que as normas de segurança exigidas aos empresários responsáveis pela obras impedem que qualquer um entre sem que esteja salvaguardada a sua segurança com equipamento como luvas, botas e coletes. “Nunca nos deparámos com uma situação deste género”, garantiu.

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