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CAULE executa “maior trabalho de sempre” em prevenção de incêndios

Sete anos após a criação da primeira Zona de Intervenção Florestal (ZIF) do país, a CAULE – Associação Florestal da Beira Serra tem em curso o “maior trabalho de sempre” na prevenção de incêndios florestais na região da Beira Serra.

A Associação tem em mãos um dos maiores projetos de prevenção de fogos florestais, abrangendo seis concelhos – Seia, Oliveira do Hospital, Arganil, Tábua Santa Comba Dão e Penacova”, onde estão a ser executados os designados “mosaicos de gestão de combustíveis”.

“Tratam-se de áreas previamente delimitadas para a realização de limpezas florestais que são escolhidas em função do histórico de incêndios, do coberto vegetal e dos índices de perigosidade”, explica o presidente da direcção da CAULE, José Vasco de Campos, realçando o facto deste projeto só ser possível no âmbito do funcionamento das ZIF, já que antes de existirem estes “condomínios florestais” não havia qualquer planeamento desta dimensão.

Cada mosaico abrange uma área de 30 a 40 hectares, e funciona como mais um instrumento de prevenção de incêndios, complementar à rede primária e rede secundária de faixas de gestão de combustíveis, cuja intervenção consiste precisamente na criação de “áreas estruturantes em zonas de alto risco de incêndio”, para fazer parar os fogos ou diminuir-lhes a intensidade.

“Não tenho dúvidas que este é um trabalho de prevenção único e sem precedentes no país”, faz notar o dirigente da CAULE, na mesma semana em que tem inicio mais uma época de combate a incêndios florestais, onde curiosamente se ouviram algumas vozes criticas à “regressão” em termos de investimento em ações de prevenção.

Vasco Campos garante que o investimento no âmbito do plano de intervenção das ZIF, financiado pelo PRODER, “não tem qualquer paralelo” com o passado, sendo único até do ponto de vista da dimensão. “Até 2014 esperamos intervir em 20 por cento da área florestal dos concelhos abrangidos pela CAULE, isto nunca tinha acontecido antes e só acontece agora porque as ZIF estão a funcionar”, entende aquele dirigente, na expectativa de que os níveis de apoio a estes projetos se mantenham no próximo quadro comunitário de apoio. “Está aqui um grande exemplo onde há prevenção e, como tal, esperamos que este trabalho possa continuar, porque a floresta é dinâmica”, adianta o presidente da CAULE, chamando a atenção para a poupança que isto representa em termos de “meios de combate”, mas acima de tudo os ganhos que “nem sempre são avaliados” em termos ambientais.

“Por cada euro que se gasta em prevenção, gastamos pelo menos 10 euros em meios de combate, em perdas de matérias- primas e em poluição ambiental”, refere o presidente da Associação Florestal da Beira Serra, alertando para o facto destes “custos”, designadamente com o que hoje se designa de serviços dos ecossistemas florestais, nem sempre serem avaliados, representando, todavia, “prejuízos incalculáveis” de cada vez que há matéria ardida.

Os mosaicos de gestão de combustíveis estão a ser executados em “vário milhares de hectares de floresta” de seis concelhos da região. Para o presidente da CAULE este é, sem “sombra de dúvidas”, o maior trabalho de sempre em prevenção e defesa da floresta na região, verificando-se também uma forte atuação em “ zonas de grande abandono”, possibilitando “beneficiar os povoamentos florestais, valorizando também as espécies autóctones”.

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