O ainda desactivado Centro de Emergência Social de Travanca de Lagos voltou, ontem, a dar que falar em reunião pública da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.
O vereador socialista José Francisco Rolo questionou o presidente do município sobre o aguardado modelo de gestão e sobre a data prevista para abertura do espaço “concluído desde 2007 e onde foram investidos cerca de 150 mil euros”.
Sem uma solução concreta para o problema, Mário Alves informou o eleito socialista de que “não há desistência do processo, mas antes a procura de uma solução o menos dispendiosa possível para os cofres da autarquia”.
O autarca oliveirense deu conta da existência de “custos elevadíssimos, independentemente de haver ou não haver utentes”, referindo-se em concreto a um sistema de segurança cujo valor ronda os 1800 e os 2000 euros por mês acrescidos de IVA, duas auxiliares e um corpo técnico. “Façam uma análise e vejam quanto custa isto mensalmente, independentemente de termos ou não utentes”, desafiou Mário Alves, informando que a autarquia está a tentar protocolar a gestão do espaço com uma IPSS do concelho e a conseguir financiamento junto da Segurança Social.
Em face da inexistência de uma solução concreta para o problema e tendo em conta que o espaço está desactivado há já quase dois anos, José Francisco Rolo disse ser “a prova provada de que se planeou a olho”.
“Fez a obra e agora é que procura financiamento para aquilo”, observou o socialista, constatando que “a questão é que o senhor não sabe o que é que há-de fazer com o espaço”.