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Rafael Costa
Rafael Costa

“Começamos a pensar se não se deve candidatar Oliveira do Hospital ao galardão da capital de festas e festinhas”

O número de festas promovidas pelo município de Oliveira do Hospital continua a ser um dos pontos negros apontados pela oposição ao trabalho do executivo liderado por José Carlos Alexandrino. O eleito Rafael Costa chegou a sugerir que a autarquia deveria pensar em candidatar a cidade “ao galardão da capital de festas e festinhas” e que o dinheiro gasto em algumas festas teria uma utilização mais benéfica se servisse para aliviar as contas dos munícipes no final do mês. O presidente da autarquia não gostou e retorquiu que aquelas afirmações ofenderam “todos os oliveirenses que trabalham e realizam as suas iniciativas para dar dinâmica económica ao concelho”. Acusou ainda o eleito social-democrata de ter “tiques de autoritarismo de direita”.

A resposta empolgada a Rafael Costa surgiu depois deste eleito ter considerado que existia por parte do executivo, aquilo que classificou como “obsessão do executivo por festas, festinhas e festarolas”. “Acaba de se anunciar uma festa à pressa [passagem de ano] e ainda não terminou de se festejar esta e já se está a anuncia a seguinte. Pensei que este concelho já estava na moda, mas afinal ouço, para minha desilusão, que a cidade nunca poderia estar na moda se não tivesse uma festa de passagem de ano. Este concelho ou está na moda ou não está na moda? Ou vai faltar sempre uma festa para estar na moda?”, questionou, reconhecendo que as festas agradam às pessoas e que nem todas as iniciativas podem ser englobadas no mesmo bolo, mas essas verbas poderiam ter uma utilização mais benéfica para os munícipes. “O problema é que muitas vezes as pessoas não entendem que estamos a gastar verbas que podiam ser utilizadas para outros fins que visassem uma melhor qualidade de vida das pessoas. E pergunto aos oliveirenses se em vez de mais uma festa ou festinha não preferiam ver antes medidas que aliviassem o peso das despesas no seu orçamento familiar?”, atirou.

O presidente da autarquia considerou estas afirmações como um ataque às pessoas que fazem festas em Oliveira do Hospital para oferecerem dinâmica económica ao concelho. E José Carlos Alexandrino acusou o anterior executivo PSD de gastar mais em fogo de artifício que aquilo que a sua equipa vai despender com as decorações de Natal e festa de Passagem de Ano. “Oliveira do Hospital faz uma grande Feira do Queijo da Serra da Estrela? Faz. Para chatear vai fazer uma grande passagem de ano? Vai. Faz uma Feira do livro? Faz. Isto não são festinhas. São grandes festas. O executivo anterior do seu partido fazia uma feira do queijo de 3 ou 4 horas onde gastava mais. Gastava mais de 30 mil euros em fogo-de-artifício”, referiu, sem esconder alguma irritação, José Carlos Alexandrino, antes de acusar Rafael Costa de prepotência. “Nós sabemos os tiques de autoritarismo de direita que o senhor tem. Nós sabemos”.

A troca de argumentos entre o deputado e o presidente da Câmara gerou algum mal-estar entre o membro do PS, José Ferreira, que sentado atrás de Rafael Costa se insurgiu de forma algo abrupta contra Rafael Costa. Este recordou-lhe que ali só o presidente da Assembleia o podia mandar calar. “O senhor aqui é tanto como eu, ou também já manda na forma como decorrem os trabalhos?”, questionou o social-democrata. O presidente da Assembleia Municipal, Rodrigues Gonçalves, interveio e acalmou os ânimos do eleito socialista.

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