Home - Arquivo - COVID-19, dia 30 de Março (o dia da Itália e da Espanha). Autor: Carlos Antunes.

COVID-19, dia 30 de Março (o dia da Itália e da Espanha). Autor: Carlos Antunes.

Hoje é dia de alguma esperança. Como tinha referido há uns dias atrás, a Itália estaria agora a passar pelo pico, assim o confirmam os dados de hoje. Esperemos que a tendência se mantenha e que o controlo sobre a epidemia não se perca. O números de mortes também indicia a passagem sobre o pico, contudo a Itália apresenta-se com 11.4% de taxa de letalidade ao dia, e 15.6% considerando um atraso de 5 dias.

Hoje é também dia de Espanha, pois é o 3º país a ultrapassar a China em número total de infectados. A seguir será a Alemanha daqui a 2 ou 3 dias. Espanha está também a aproximar-se do pico. Esta tendência, a manter-se, levará o número de novos casos a começar a diminuir nos próximos dias. A Espanha apresenta uma taxa de letalidade ao dia de 8.6%, e de 15.4% considerando o atraso de 5 dias.

São sinais que atenuam a tristeza dos últimos dias com números dramáticos. Itália começou com os primeiros casos a 20 de Fevereiro, 12 dias antes de Portugal. E isto pode significar, caso mantenhamos esta contenção e o isolamento social, de podermos assistir também, daqui a 2 semanas, o pico no nosso país. Não é taxativo, nem linear, são dinâmicas diferentes, mas não deixam de ser indicadores.

Considerando os dados de hoje de Portugal, que ficaram muito abaixo da tendência diária, e por isso, muito provavelmente estarão sub-determinados, o pico passou para meados de Abril, entre 14 a 24. É preciso, pois, esperar pelos números dos próximos dias para avaliar o impacto desta evolução.

Fazendo a análise da evolução do números de internados e de doentes nos cuidados intensivos, com base nas percentagem em relação aos infectados activos (acumulados – óbitos – recuperados) é possível incluir já nas projecções o números de internados de doentes que precisam de CI nos próximos dias. Este tipo de informação (aqui apresentada) é fundamental para a boa gestão dos recursos hospitalares. É com este tipo de informação que o SNS planeia as necessidades de quartos e de ventiladores nos próximos tempos. Daí a necessidade de se fazerem projecções o mais precisas possível dos próximos 10 a 15 dias.

Autor: Carlos Antunes

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