Há alguns países que já iniciaram a fase se suspensão das medidas de confinamento. Desses, destaco aqui a Espanha, que reduziu as medidas a 13 de Abril, a Dinamarca que iniciou a suspensão a 15 de Abril e a República Checa a 14 de Abril.
Analisando os seus gráficos verifica-se que após essas datas a curva de novos casos estabilizou, ou seja, interrompeu a tendência de diminuição de casos, passando para valores mais ou menos constantes. Consequentemente, a curva do factor médio de incremento diário sofreu uma ligeira subida.
Estes e outros casos devem ser vistos pelos nossos políticos para suportarem as suas decisões consubstanciadas nas experiências destes países, e respectivas consequências, que vão à frente na tomada de medidas de mitigação dos impactos económicos.
A Suécia continua na sua trajectória de subida de novos casos, sem dar sinal do famigerado pico de casos novos. Apesar de, supostamente, ser essa a sua estratégia, está desta forma a potenciar um aumento da letalidade, relativamente ao número de casos confirmados, como se tem verificado.
O nosso caso é também para alguma apreensão, já que estamos a evidenciar uma recuperação muito lenta. Situação que pode, à semelhança dos países que começaram a aliviar as medidas, conduzir a um aumento ou estabilização de novos casos de infectados, logo que se comecem a suspender as medidas de contenção.
A meu ver, e apesar de ter consciência da urgente necessidade de retoma da normalidade, a decisão da próxima semana dos nossos governantes deve pautar-se de alguma prudência e cautela. Estamos pois, a chegar ao momento das decisões difíceis, controversas e que irão dividir os portugueses.
#ficaremcasa é e continua a ser prudente e inteligente!
Autor: Carlos Antunes