Três casos, duas realidades! O liberalismo sueco, desta vez, contrasta com o “conservadorismo” (colocado entre aspas de propósito) germânico. Não pretendo picar ninguém, ou ferir susceptibilidades, mas apetece ser provocatório (para alguns, mesmo com falta de algum rigor político).
Bem pior que a Espanha, a Suécia está longe de ver a “luz ao fundo do túnel”. Ou seja, está longe de alcançar o pico dos infectados activos, aqueles que circulando livremente pelo país aumentarão o contágio da Covid-19. A Suécia, depois de uma primeira fase em crescimento exponencial dos novos casos, passou para uma fase de crescimento moderado, mas sem dar sinal de inversão da tendência. Mas está longe do pico final, dos infectados activos, e para além disso, depois de o passar provavelmente continuará num planalto prolongado antes de começar a diminuir.
Ao contrário, a Alemanha alcançou o pico dos casos de infectados activos (acumulado de infectados menos os óbitos e os recuperados) por volta de 6 de Abril. A partir daí foi sempre continuamente a recuperar os casos infectados, com uma diminuição acelerada dos casos activos.
A Áustria já em franca recuperação dos casos infectado, mostra um controlo da epidemia, tendo mesmo entrado na fase dos 2 dígitos no número de novos casos diários.
Neste dois países faz de facto sentido o aliviar das medidas de confinamento, dado terem reduzido significativamente o risco de aumentar de novo a reprodução da infecção da Convid-19. Julgo que é evidente que qualquer país só deve aliviar as medidas de confinamento quando passar para a fase de controlo e redução significativa dos casos de infectados activos. Devemos pois, seguir com muita atenção, apara além da Espanha, estes casos, para sabermos antecipadamente o que devemos fazer e o que não devemos fazer. Cada caso é um caso, cada país tem a sua própria dinâmica social e económica, mas há ensinamentos que devemos seguir.



