Home - Opinião - “É necessário adaptar a realidade formativa às novas atividades locais”. Autor: Nuno Tavares Pereira.

“É necessário adaptar a realidade formativa às novas atividades locais”. Autor: Nuno Tavares Pereira.

Já lá vão mais de seis anos que alertei para o assunto.
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É necessário adaptar a realidade formativa às novas atividades locais.
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Não imaginava há tantos anos o que iria acontecer, nem o que aí há-de vir.
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Uma certeza tinha: a visão da região.
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Alertei que uma escola como a Eptoliva tinha de ajudar a região quer a nível empresarial, quer a nível da população local. Teria de ir ao encontro do potencial local e das nossas populações. Pois, parece que tudo foi feito ao contrário.
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A resposta foi que o Ministério não aprovava cursos dessa natureza para cá.
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Em boa hora Arganil abandonou a escola, pois o que ali gastava e os benefícios que tinham não serviam o seu território.  Mas Tábua e Oliveira do Hospital continuaram a gastar milhares de euros dos nossos impostos locais e também do orçamento de Estado central. E pasme-se! Quem não conhece a realidade de que a maioria dos alunos formados não fica cá?
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Isto é que gastamos milhares de euros para ter uma escola profissional para formar os nossos jovens. Investimos para também termos professores locais a dar aulas e a não terem de ir para outras paragens. E depois esquecemos que falta mão-de-obra qualificada para sectores como a hotelaria, agricultura, metalúrgica, entre outros, quando os mesmos concelhos estão cheios de desempregados. E não digam que é do Covid-19..
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A Eptoliva não tem de tirar o lugar aos cursos do centro de emprego, porque nesses o que se aprende não é tão útil como na Eptoliva, mas tem de ocupar o seu lugar no espaço geográfico onde está.
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Não poderemos tirar o mérito aos alunos que para lá vão estudar e tirar as suas formações, pois têm mérito e alguns até mérito a nível nacional.  Estou a dizer que temos de formar em primeiro lugar os nossos jovens, em segundo, formar para a realidade e necessidade local e, em terceiro lugar, trazer retorno económico, depois de anos a fio de investimento.
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Não podemos gastar dinheiro e recursos numa escola para formar alunos de outros países, onde lhes é pago tudo e que depois não têm lugar localmente ou não querem cá ficar a trabalhar.
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Temos de pagar todos os custos aos jovens da nossa terra para estudarem e se formarem em áreas úteis que não aumentem o exodo da região em complemento ao ensino público e superior.
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Falta de visão de quem quer quantidade e não qualidade formativa.
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Autor: Nuno Tavares Pereira

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