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Empresário oliveirense quer transformar Caldas de S. Paulo numa estância termal

Este investimento, que poderá ascender a 2 milhões de euros, consiste, fundamentalmente, na criação de um aldeamento turístico de 5 estrelas – designado “Cova das Caldas” –, composto por 12 apartamentos de tipologia T1 e nove T2. Em causa, estão cerca de 60 camas fixas e 21 convertíveis que poderão aumentar a capacidade hoteleira do concelho de Oliveira do Hospital.

De acordo com o que revelou o promotor deste projecto, Francisco Cruz, todos os apartamentos estarão equipados com banheiras de hidromassagem termal, uma vez que a mais valia deste empreendimento reside, precisamente, no aproveitamento das águas sulforosas da nascente das Caldas de S. Paulo, que têm características termais.

Uma equipa do Instituto Superior Técnico de Lisboa esteve recetemente no terreno a fazer trabalhos de prospecção, pesquisa e análise e, neste momento, já se sabe que as águas das Caldas têm propriedades medicinais.

Na apresentação pública do projecto, que já foi candidatado aos fundos comunitários do programa “PROVERE – Aldeias de Xisto”, estiveram presentes o director da ESTGOH, Nuno Fortes, e o vice-reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), Vitor Cavaleiro.

Ambos assinaram um procolo de cooperação com o promotor do empreendimento, com vista a ajudar a levar este investimento por diante.

“Desenvolver as Caldas de S. Paulo é uma obrigatoriedade”, afirmou o vice-reitor da UBI, salientando que aquela universidade, que tem já encetado parcerias com várias termas do país, “compromete-se a ajudar com o seu know-how”.

Este projecto, da autoria do arquitecto oliveirense Pedro Rodrigues, prevê a criação de 17 postos de trabalho directos, e desenrolar-se-á por duas fases.

A primeira fase – segundo o promotor –, contempla os apartamentos turísticos, um SPA termal ao ar livre, termas, restaurante com café concerto, anfiteatro e piscina com água termal.

Na fase seguinte, o que se pretende é instalar no mesmo complexo, um salão de congressos, um parque de desporto aventura, uma pequena área destinada à prática de golfe e, ainda, uma praia fluvial privativa nas águas do rio Alva. O projecto contempla ainda a construção de uma piscina aberta ao público.

Segundo explicou também Francisco Cruz – o empresário é proprietário de um pequeno empreendimento de turismo rural, a Quinta do Forninho, – este investimento prevê a ocupação de uma área de cerca de quatro hectares, num terreno comprado nas Caldas de S. Paulo.

Ainda de acordo com aquele investidor, que promete dar o seu melhor para ajudar a incrementar o turismo no vale do Alva, todos os edifícios serão construídos com materiais da região– existem também algumas casas que vão ser reconstruídas –, tendo em atenção o enquadramento na aldeia.

Quanto aos alojamentos, a ideia é dotá-los com banho termal em banheira de hidromassagem, e onde os técnicos se deslocam para proporcionar o banho, sem que haja necessidade de haver deslocações aos balneários.

Note-se que as águas das Caldas de S. Paulo, já foram concessionadas por diversas vezes, mas nunca nenhum dos concessionários ousou avançar com qualquer projecto para o seu aproveitamento.

Sobretudo nos anos 60, estas “termas” já foram um importante polo de atracção turística local, com muitos visitantes a procurar as águas das Caldas para curarem algumas ‘maleitas’.

Henrique Barreto

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