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Escolas de Gavinhos e Seixas vão ser baixas no arranque do próximo ano letivo

 

As vulgarmente conhecidas “escolas primárias” de Gavinhos e Seixas da Beira vão deixar de receber alunos. No arranque do próximo ano letivo, aqueles espaços vão-se manter com as portas fechadas, devendo os alunos ser encaminhados para as respectivas sedes de agrupamento.

O reduzido número de alunos que, atualmente, frequenta aquelas duas escolas – a EB1 de Gavinhos conta com 11 alunos e a EB1 das Seixas com nove – está na base da decisão de encerramento.

Recorde-se que estas duas escolas já deveriam ter fechado portas no arranque do corrente ano letivo anterior, mas a medida foi protelada pelo facto de alguns alunos terminarem, este ano, o primeiro ciclo de ensino básico.

A informação foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que, até agora, desconhece se mais alguma escola do concelho seguirá o mesmo caminho.

Embora se posicione contra o encerramento de escolas com menos de 20 alunos – “quando se fecha uma escola, começa-se a fechar aquela aldeia”, referiu – José Carlos Alexandrino não se opõe à reestruturação do território educativo do concelho. “É fundamental”, referiu na última reunião do executivo, esclarecendo que o concelho tem vindo a escapar ao modelo dos mega agrupamentos, porque “Oliveira do Hospital tem um presidente que se bateu contra isso”.

Concordando com o vereador independente, José Carlos Mendes, a propósito da necessidade de reorganização da Carta Educativa, o presidente oliveirense não deixou de criticar o documento elaborado pela mão do anterior executivo que “tinha disparates do tamanho da Serra da Estrela”.

“A Carta Escolar tinha previsto a construção de salas em escolas que fecharam logo”, observou José Carlos Alexandrino, considerando que o município deve “agarrar uma nova filosofia”.

Defensor da construção do Centro Educativo de Nogueira do Cravo, Alexandrino foi ainda mais longe ao referir que “se tivesse sido presidente da Câmara, há quatro anos, Oliveira do Hospital já teria um Centro Escolar do mais moderno”.

A posição foi partilhada por José Carlos Mendes, por entender que “uma carta educativa bem elaborada apontará para a construção de um verdadeiro centro educativo na cidade”.

“O Centro Educativo de Nogueira do Cravo é garantidamente um elefante branco”

Quem insiste em não concordar com Alexandrino e Mendes é o vereador do PSD, Mário Alves. “Começo a pensar que estou num mundo diferente do vosso”, observou o ex-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, alertando o executivo para a tendência de diminuição do número de alunos.

“Mas onde é que estão as crianças e os jovens?”, questionou Mário Alves, verificando que no presente ano letivo as matrículas revelam uma redução de 100 alunos comparativamente com o ano anterior.

Para o vereador do PSD, Oliveira do Hospital “não tem falta de instalações”. Pelo contrário, considera que “o Centro Educativo de Nogueira do Cravo é garantidamente um elefante branco”.

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