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“Estou preocupado com a situação financeira da Câmara Municipal”

 

A análise das contas do primeiro trimestre do município de Oliveira do Hospital está a preocupar o presidente da autarquia, que chega a considerar que os cortes da receita do município em 2011 vão rondar os três milhões de Euros.

Em causa está diminuição das transferências do Fundo de Equilíbrio Financeiro e a quebra das receitas do município, que poderão obrigar a equipa de José Carlos Alexandrino a tomar medidas de contenção em áreas como horas extraordinárias, transportes e gastos energéticos.

É que feitas as contas, a redução de três milhões de Euros representa um corte mensal na ordem dos 250 mil Euros que poderá pôr em causa os “desafios” que José Carlos Alexandrino tem pela frente.

“Estou preocupado com a situação financeira da Câmara Municipal”, confidenciou ontem o presidente da autarquia, à margem da sessão de inauguração da sexta Feira do Livro de Oliveira do Hospital, alertando para a necessidade de “racionalização de meios” e de definição de prioridades”.

Numa altura em que encara a remodelação do mercado municipal, construção da central de camionagem e requalificação da Avenida Dr. Carlos Campos como obras prioritárias e que serão lançadas brevemente, José Carlos Alexandrino considera pertinente que se redefinam hábitos diários com vista a minimizar os custos a suportar pelo município.

Por exemplo, para fazer face à fatura energética que “é brutal”, Alexandrino tem em curso a realização de um estudo de eficiência energética e tenciona colocar no terreno uma equipa destinada à leitura dos contadores da EDP, porque a empresa “faz contagens avulsas”. O objetivo, garante, é verificar se as contagens correspondem.

Sem intenções de mexer no preço das tarifas de água abastecida pelo município, Alexandrino pretende, antes, alterar os escalões. Deu o exemplo do primeiro escalão que, atualmente vai de zero a sete metros cúbicos e será reduzido para os cinco. “As pessoas vão ter mais cuidado e a alteração terá pouca implicação na fatura”, explicou o autarca, alertando ainda para a inexistência de contadores de água nas sedes de várias coletividades e instituições e, que impede que se apure a existência de fugas de água no serviço em baixa.

A colocação de contadores deverá ser o passo a seguir pelo município que, também aponta o dedo às escolas do concelho, com excepção da Secundária, que não pagam taxas de água. “Nós não temos delegações de competências no segundo e terceiro ciclos e deveria ser o Estado a suportar”, observa o presidente.

Sem conseguir adiantar uma data para a migração para a empresa Águas do Mondego, José Carlos Alexandrino perspetiva dias difíceis para os cofres do município. Queixando-se da falta de solidariedade dos municípios que integram a Águas do Zêzere e Côa e que não vêem com bons olhos a migração de Oliveira do Hospital e Seia, Alexandrino começa a avisar que, a manterem-se os preços atuais, “Oliveira do Hospital deixará de cumprir os pagamentos” assim que tiver todas as estruturas em funcionamento.

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