Numa análise efectuada a este estudo, a que o correiodabeiraserra.com acaba de ter acesso, na verdade – num ranking de 276 municípios -, Oliveira do Hospital é o 154º concelho do país com “mais qualidade de vida”. Está, inclusivamente, à frente de municípios como Lamego (176º) e Fundão (183º), por exemplo.
No contexto da região, Oliveira do Hospital aparece num patamar inferior a dois dos quatro concelhos fronteiriços – Nelas (116º) e Carregal do Sal (143º) – mas, segundo aquele estudo, superioriza-se, por exemplo, a Seia (192º), Arganil (193º), Góis (191º) e Gouveia (208º).
O cenário muda no entanto, quando a avaliação se faz em termos do distrito de Coimbra, já que no ranking dos 17 municípios, Oliveira do Hospital aparece posicionado abaixo do meio da tabela, no 10º lugar, e atrás de concelhos como Coimbra, Figueira da Foz, Lousã, Condeixa-a-Nova, Cantanhede, Vila Nova de Poiares, Penela, Mira Montemor-o-Velho.
Este estudo da UBI, tem estado a gerar alguma controvérsia e, ainda recentemente, o autarca de Sabugal – alegadamente o município com pior qualidade de vida no ranking publicado – questionou a fiabilidade do documento. Viseu – a título de exemplo – vem referenciado como um concelho com menor índice de qualidade de vida do que Lousã, Arruda dos Vinhos ou Oliveira do Bairro.
Em Oliveira do Hospital, o estudo – elaborado por José Manso e Nuno Miguel Simões – despoletou no entanto grande regozijo no presidente da Câmara Municipal que, recentemente – num debate público –, invocou aquele estudo para criticar “os excessos de linguagem de alguns políticos – nomeadamente em sede de Assembleia Municipal, como referiu – e jornalistas”.
Este estudo, onde o autor também admite que “a definição da qualidade de vida não é consensual”, teve como principal suporte o Anuário Estatístico referente a 2004 do Instituto Nacional de Estatística e incidiu sobre um “conjunto de indicadores de natureza quantitativa, que foram divididos nos três seguintes domínios: Condições Materiais, Condições Sociais e Condições Económicas.