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Estudo propõe construção de ETAR para tratamento e valorização de efluentes das queijarias

 

A Plataforma para o  Desenvolvimento da Região Interior Centro apresentou, ontem, o diagnóstico da realidade das queijarias do concelho no que respeita aos efluentes que produz.

Resultante de um trabalho de estágio realizado por Filipa Figueiredo da Universidade de Coimbra, o estudo piloto incidiu sobre uma amostra de 20 queijarias do concelho, responsáveis pela produção de 18 milhões de litros de efluentes.

Com base nestes números, o estudo propõe a criação de uma ETAR, localizada num raio de 30 quilómetros de distância e que impõe o transporte de efluentes através de camião. Apresentado no Salão Nobre da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, o estudo afigura-se para o presidente da Câmara Municipal como o “ponto de partida para a resolução do problema ambiental que temos no concelho”.

“É preciso encontrar um tratamento diferenciador dos efluentes das queijarias de Oliveira do Hospital”, afirmou José Carlos Alexandrino, destacando os exemplos de “sucesso” que existem na Europa.

Para além do tratamento dos efluentes, o estudo aponta ainda para a valorização dos mesmos. A extração de proteínas e a aplicação em cosméticos são algumas das potencialidades apresentadas pelo técnico da plataforma, João Nunes, tomando como exemplo o que também já acontece em países como a Suíça e o Canadá.

Ainda que o estudo incida sobre a realidade de Oliveira do Hospital, o mesmo prevê o tratamento e valorização de resíduos de queijarias de concelhos limítrofes, em particular o de Seia.

Presente na sessão de apresentação do estudo, o presidente da Junta de Freguesia de Meruge chegou mesmo a considerar que “o concelho de Seia não pode ficar de fora deste projeto”.

Aníbal Correia deu o exemplo concreto da situação de poluição ambiental que se verifica no rio que atravessa a freguesia. “Vão ao rio Cobral e vejam o que é que se lá passa, é uma nata pura”, denunciou o autarca, considerando que “ produzem mais efluentes duas ou três queijarias de Seia, do que se calhar o concelho de Oliveira do Hospital”.

Dando conta da disponibilidade do município de Seia para se associar ao projeto, José Carlos Alexandrino acredita ter condições para conseguir financiamento para a futura ETAR que carece ainda de um modelo de gestão.

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