O ex-presidente da Câmara de Oliveira do Hospital insurgiu-se, na reunião pública do executivo camarário, contra a forma como estão a ser efectuadas as obras de conservação da Estrada Nacional (EN) 17 – uma empreitada da responsabilidade da empresa “Estradas de Portugal” (EP).
Mário Alves explicou que a lama asfáltica que tem estado a ser colocada no piso deteriora-se rapidamente e, nalguns troços, a estrada já se encontra “fendilhada”. Alves defendeu também a necessidade de se “fazerem passeios onde eles sejam necessários” e, sobretudo, nas zonas de atravessamento de núcleos urbanos.
Porém, o presidente da Câmara explicou que tal situação é difícil de concretizar, especialmente, nas localidades onde ainda não existem infra-estruturas de saneamento básico.
Estão neste caso a recta da Salinha, e como também advertiu o vereador independente, José Carlos Mendes, a zona da Catraia de S. Paio.
Numa reunião que decorreu num ambiente de grande monotonia política – todas as propostas apresentadas pelo executivo de José Carlos Alexandrino foram votadas favoravelmente por unanimidade –, Alves criticou a postura da empresa “Estradas de Portugal” relativamente à estrada entre Fiais da Beira e a Ponte da Atalhada, no limite com o município de Carregal do Sal – a EN 230 –, e disse estar em causa o “discurso do faz-de-conta”.
Aquele vereador do PSD, que interveio na sequência de uma informação prestada pelo presidente da Câmara, a dar conta ao executivo de uma reunião realizada com a EP a propósito daquele troço de ligação do concelho de Oliveira do Hospital a Carregal do Sal, disse que já há cerca de uma ano que a questão anda a ser discutida pela EP.
Sublinhando que em política “há memória”, Alves recordou que a discussão sobre a EN 230 já vem desde o tempo em que o agora deputado do PS à Assembleia da República, Victor Batista, era vice-presidente do Instituto para a Conservação e Exploração da Rede Rodoviária, e lamentou verificar que, hoje, se continue a “protelar, protelar, protelar”.
Por seu lado, Alexandrino garantiu que “a discussão foi profícua e criou-se uma estratégia de trabalho”, e também salientou que a EP está a equacionar o alargamento do tabuleiro da ponte da Atalhada.
De resto, o autarca do PS deixou uma garantia: “reivindicamos aquilo que nós achamos justo. Temos tido essa postura…”, afirmou Alexandrino.