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Férias Arqueológicas da Bobadela: “O que estamos aqui a fazer é tentar identificar mais uma peça do puzzle urbanístico da cidade romana”

Isto da arqueologia não é só escavar. Temos que interpretar, e o que estamos aqui a fazer é tentar identificar mais uma peça do puzzle urbanístico da cidade romana da Bobadela”, disse ao correiodabeiraserra.com o mentor do projecto – o arqueólogo Rui Silva –, que diariamente ensina e acompanha todos os jovens que, munidos de ferramentas específicas, trabalham naquelas escavações arqueológicas.

Visivelmente satisfeito com a forma como os trabalhos se estão a desenrolar, o antigo funcionário do parque do Mandanelho que desde há uns meses a esta parte é o coordenador do “Gabinete para o Património Arquitectónico e Histórico-Arqueológico” do concelho de Oliveira do Hospital, salientou a este diário digital que nesta escavação já foram identificadas – entre muitos outros achados – três moedas com valor histórico. “Uma é do período romano, já que tem o busto de um imperador; as outras duas deverão ser do período medieval”, explicou Rui Silva.

Na altura em que o CBS online visitou o local daquelas escavações, que estão a ser efectuadas numa propriedade privada próxima das ruínas romanas da Bobadela, o arqueólogo ao serviço da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital (CMOH) estava precisamente – com um conjunto de jovens – a trabalhar numa divisão em que acabara de ser descoberta a base de uma coluna.

A escassos metros de distância começava a “desenhar-se” o aparecimento de uma presumível sepultura. “Tudo o que se vê aqui está completamente desorganizado e serviu como uma espécie de entulho para enchimento”, sublinhou Rui Silva, dando como exemplo a base da coluna que se encontrava invertida.

Nesta iniciativa, organizada pela CMOH, encontram-se também no terreno alguns arqueólogos do Instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra. “Fizemos uma espécie de plataforma de cooperação e, no futuro, é importante celebrar um protocolo com aquele instituto por forma a darmos uma base científica ao projecto. O que mais há aqui na Bobadela é locais para escavações”, frisou o arqueólogo oliveirense.

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