Home - Opinião - Cartas ao Director - Figuras ilustres de Nogueira do Cravo
Boa Tarde. Venho deste modo dirigir-me até vós, a fim de propor algumas personalidades a figurarem em próximos números do vosso jornal, no artigo "Figuras" que é complemento das edições impressas. Em primeiro lugar, gostaria de divulgar o trabalho que tenho vindo a desenvolver, que sei que já é de vosso conhecimento, intitulado Olhar Nogueira do Cravo. Este espaço na internet, não é mais do que uma forma que criei com o intuito de divulgar a cultura, a história e os eventos que por essa localidade ocorrem, apenas e só pelo gosto à terra onde nasci e habito. Ai têm vindo a ser debatidos vários assuntos de todos os quadrantes, nos quais gostaria de realçar, duas personalidades Nogueirenses que ali foram lembradas.

Figuras ilustres de Nogueira do Cravo

Bernardino Freire de Figueiredo Abreu e Castro, nascido na Casa da Torre, estudante em Coimbra, lutou seguindo os ideais de D. Miguel, após a derrota com D. Pedro IV ficou exilado em Pernambuco (Brasil), onde deu aulas e publicou alguns livros, sendo o mais importante o primeiro Romance ali publicado a que deu o nome de Nossa Senhora dos Guararapes, depois da invasão dos Holandeses e dada a enorme pressão sofrida pelos portugueses no Brasil, organizou uma colonia que seguiu para Moçamedes – Angola, hoje Namibe, terra que colonizou e onde acabaria por morrer pobremente.

Padre Manuel Henriques – o Pintor Santo – Nascido em 1593 em Nogueira do Cravo, ali viveu até aos 12 anos, foi para Coimbra para junto de familiares e ai por acidente, matou um colega que com ele jogava, dada esta situação foi obrigado a fugir para Sevilha onde esteve abrigado junto de um grande pintor que lhe puxou as qualidades para a arte com que nasceu, ensinando-lhe as suas técnicas, converteu-se ao cristianismo procurando assim a melhor forma para se redimir do pecado que cometeu, e voltou a coimbra onde lhe foi concedido o estatudo de membro da igreja.

Levou uma vida de sacrificio, oração, pobreza e bondade para com os que necessitavam e acabou por morrer no Santuário de Nossa Senhora da Lapa em 1654. Deixou uma história de vida louvável bem como algumas pinturas que ainda hojem fazem presença em alguns edifícios nacionais. Este resumo das duas personalidades pode ser alargado até á integra por vós no blog em www.olharnogueiradocravo.blogspot.com caso assim o entendam.

Apesar de nunca ter visto nesse artigo personalidades que já tenham falecido, penso que seria importante a publicação da vida destes homens que não foram esquecidos por onde passaram e estão a ser esquecidos onde nasceram. Certos da vossa melhor atenção e ficando a aguardar uma breve comunicação. Os meus melhores cumprimentos.

* Texto recebido via e-mail

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