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Figuras: Luís Campos

… amores por ele, como cantaram Brás Garcia de Mascarenhas, poeta e guerreiro, aí nascido em 1656, e, no século passado, Vasco de Campos, médico e poeta O neto Luís herdou os genes do cientista, como adiante se verá.

Aos 22 anos, Luís Campos reconhece que tem um árduo caminho a percorrer depois do curso, mas a força que o move é exemplo que se regista – não vacila nas ideias e opina em consciência.

Se não conseguir exercer a profissão, onde foi parar quase “…por mero acaso”, não esconde estar apto para mudar de rumo…

Do avô Vasco de Campos, tem algumas referências, sem dúvida, mas como faleceu quando tinha apenas 5 anos de idade, há poucas memórias.

–“Conheço a obra do meu avô, orgulho-me dele pelo que fez e por aquilo que nos deixou como exemplo – da obra literária ao seu modo de estar na vida e na comunidade”! Oliveira do Hospital, onde estudou até ao 12º ano, merece a atenção de qualquer cidadão atento.

– “Tenho a consciência de que o concelho tem falta de dinâmica e nós, os jovens somos os pilares dessa força, que me parece um pouco inerte; é tudo muito vago, há poucas iniciativas onde se descubram mudanças… andamos “nas calmas”.

“Como passo algum tempo por cá durante a semana, nesta fase do mestrado, apercebo-me das realidades da cidade. Infelizmente, falta muito a uma terra que quer crescer. Apesar de tudo, estas são as minhas raízes, gosto da região, de que nunca me irei separar – o cordão umbilical é para manter, ande por andar, voltarei sempre à terra onde nasci”.

Para o futuro, que venham tempos melhores…

Sexologia Forense – projecto de um psicólogo

Avô e neto têm em comum o sobrenome, o local de nascimento, Ponte das Três Entradas, e o “mesmo fio” condutor científico. O Luís preferia Farmácia à Medicina, mas ficou pela Psicologia.

– “De facto, nunca me imaginei nessa área, tentei ingressar em Farmácia – um sonho de criança – mas não consegui, por isso fui para Psicologia, com a intenção de, mais tarde, mudar. Depois de estar no curso, fiquei seduzido pelas hipóteses que se abriam após a licenciatura que, entretanto, acabei. Agora estou a fazer o mestrado em Psicologia Forense e Criminal no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz”.

Luís Campos espera dedicar-se à investigação científica, se as portas da Polícia Judiciária se abrirem, o que lhe parece difícil porque “há poucas vagas e, mesmo que entrasse, passaria a ser mais um agente da instituição, e não é com esse estatuto que desejo fazer carreira na profissão…”.

Ele e mais três colegas formaram um grupo de estudo para aprofundarem conhecimentos nas áreas da sua especialização, como conta:

– “Estudamos o mundo do crime e tentamos perceber os perfis de algumas das figuras mais conhecidas do grande público, implicadas nos actos mais diversificado. É uma área interessante onde estamos a investir com rigor. Para o ano termino o curso, depois se vê que portas se abrem”.

Pelo meio há o desejo de aprofundar os conhecimentos em sexologia forense; o conceito estuda as ocorrências médico-legais e a actividade sexual humana relacionada com as questões jurídicas cíveis e criminais.

– “Quero perceber até que ponto certas preferências sexuais podem influenciar determinado comportamento social. Gostava de me especializar nesta área (nem que para tal tenha de ir para o estrangeiro!) de modo a abarcar o máximo de conhecimentos. A terapia sexual é outras das vertentes que podemos seguir – um campo vasto onde as aplicações científicas são requisitadas com imensa frequência”. Sobre o curso de Psicologia Forense e Criminal, esclarece:

“Por vezes faz-se uma analogia entre o meu curso e a série televisiva CSI, o que é um erro porque nós não somos investigadores criminais – isso é um trabalho da polícia; a nossa missão, no concreto, é estudar os processos psicológicos inerentes aos criminosos e lidar com as vítimas de modo a afastar o mais possível sequelas mentais”.

Apesar de viver a “idade de todos os sonhos”, Luís Campos não deixa de estar preocupado com as questões sociais que o rodeiam.

Aos 22 anos, tem um projecto profissional dimensionado no tempo e uma vida inteira para chegar aos seus propósitos.

Nas horas vagas, ocupa-se do seu part-time, na área das telecomunicações – estar “parado” não faz o seu género de pessoa.

Carlos Alberto

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