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Figuras: Rita Godinho

… talvez em Janeiro lhe tome o gosto… Até lá, os “eventos com aroma” hão-de continuar por aí, através das diferentes actividades da empresa que dirige, a partir de Lisboa.

Rita Godinho aproxima-se da mesa do café, senta-se numa cadeira, pede meia torrada e leite com chocolate. Os gestos são largos e as palavras firmes, mesmo quando fala de si e da sua empresa de eventos, “Carpe Vinum” – um mundo de novas ideias, levadas à prática com requinte.

O vinho é o denominador comum nas propostas apresentadas aos clientes, da degustação ao conhecimento aprofundado da vinha, passando pelas visitas às adegas, planificação de cursos de iniciação à prova, etc.

A presença de profissionais reconhecidos, nomeadamente enólogos e escanções, garante a qualidade das acções da empresa. Se for caso disso, as sugestões podem incluir outro tipo de animação, a desenvolver “… no campo ou na cidade, com flexibilidade, uma hora ou um fim de semana…”.

Na verdade, a (re)descoberta dos mistérios do Vinho e da Gastronomia esteve na génese da “Carpe Vinum”.

– “A empresa nasceu em Abril de 2005 em Oliveira do Hospital, onde tem a sede social, mas foi pensada a nível nacional. Os dois primeiros anos foram complicados – diz Rita Godinho – mas com muita perseverança e o apoio dos meus pais consegui impor-me no mercado e atingir a “velocidade cruzeiro”; como sou péssima a nível comercial, a maior publicidade tem sido “passa a palavra”, uns dizem aos outros, e este sistema ainda é o melhor marketing para qualquer actividade ou produto”.

Rita Godinho planifica cada evento ao pormenor e apresenta ao cliente um manancial de novas soluções, culturais ou simples entretenimento, de agrado geral garantido. Por norma, os seus serviços são procurados pelas empresas quando divulgam e promovem determinado produto, através de seminários, por exemplo, ou quando o alvo são os próprios funcionários; em qualquer dos casos, respeitam-se todos os requisitos das acções programadas.

No começo, o “vinho era o rei e senhor” das grandes propostas, que podiam incluir, ou não, a degustação gastronómica de produtos regionais para “…meia dúzia de pessoas ou dezenas, o número de participantes não altera em nada a planificação do trabalho, o importante é que o cliente e os seus convidados fiquem satisfeitos com os serviços que prestamos”, que podem ser, na actualidade, dos mais variados. Para a “Carpe Vinum” (quase) todos os “sonhos” são possíveis de concretizar…

…como organizar festas para crianças de forma original!
– “Vamos proporcionar às crianças a iniciativa de confeccionarem a própria comida; as sandes, por exemplo, têm formas e feitios pouco vulgares, o que agrada aos mais pequenos. Procuramos ser criativos e encontrar, também nesta área, novas soluções para as festas das crianças”.

“Eventos com aroma”

O próximo Natal, para a “Carpe Vinum”, terá um novo tipo de cabaz, que inclui vinhos nacionais, como não podia deixar de ser, compotas e outros produtos regionais. No futuro, a Rita gostaria de ter em Lisboa um espaço aberto ao grande público, onde pudesse ser apreciado um conceito diferente do tradicional restaurante, o chamado finger food, um novo modo de servir “…porque tenho uma pequena legião de fãs que gostam da comida que faço. Talvez para o ano seja possível…”.

Rita Godinho nasceu em Oliveira do Hospital. Fez Sociologia na Universidade de Coimbra, trabalhou nos Serviços Nacionais de Estatística, “… mas como gosto de desafios e ali, naquele emprego para a vida, estava a estagnar, decidi concorrer ao Programa INOV Contacto – Estágios Internacionais de Jovens Quadros – iniciativa promovida pelo Ministério da Economia e da Inovação, apoiado pela União Europeia”.

Confessa que teve alguma sorte por ter ido para a Sonae, em França, onde, no tempo extra, fez um curso de iniciação à prova de vinhos, adquirindo conhecimentos técnicos preciosos para a actividade que hoje exerce.

Depois da França, voltou a Portugal, onde permaneceu pouco tempo. Angola perfilava-se no horizonte e foi para lá que tomou rumo, como consultora num escritório de advogados. A experiência, conta, “foi gratificante, e voltaria sem qualquer problema se existisse um projecto aliciante, que me cativasse, porque o país tem todas as condições para ser um dos maiores do mundo”.

De regresso à Pátria, cria a sua própria empresa, e os dias, a partir daí, bem precisavam “de mais umas horas”!

A rotina é coisa “desconhecida”, o tempo certo de descanso, também, mas, diz, “não abdico das minhas oito horas de sono. Se estiver a conduzir e sentir necessidade de dormir, encosto e durmo; do que gosto mesmo é de fazer uma sesta a seguir ao almoço, quando é possível, claro…”. Apesar da sua actividade profissional intensa e constante, não descura a sua vida pessoal e os gostos.

-“Se me apetece assistir a um concerto, por exemplo, arranjo maneira de estar disponível e vou. Infelizmente já não posso fazer o mesmo quando as saudades da família, que está aqui, em Oliveira, apertam, mas sempre que posso, dou uma fugida até cá, como aconteceu desta vez”.

Carlos Alberto

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