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Governo cancela construção da barragem de Girabolhos em Seia

O Governo anunciou hoje que decidiu excluir, definitivamente, a construção da barragem de Girabolhos, que a Endesa previa construir no Rio Mondego, num espaço que abrangia os concelhos de Seia, Gouveia, Mangualde e Nelas. A medida surge na sequência da reavaliação ao Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico realizado pelo Ministério do Ambiente e que assentou em três pilares essenciais: as linhas orientadoras do Plano Nacional da Água, na intenção de descarbonização profunda da economia e no respeito pelos compromissos assumidos com os promotores e destes com as autarquias.

O presidente da Câmara Municipal de Gouveia, Luís Tadeu, já lamentou esta atitude do Governo que anulou, no seu entender, um investimento “estruturante” para a região. “Não posso deixar de lamentar que o Governo tenha articulado esta decisão com a empresa, sem ouvir e sem auscultar atempadamente a opinião dos municípios”, disse o autarca eleito pelo PSD. “Nós não fomos ouvidos nem achados previamente pelo Governo para esta decisão. Eu não posso deixar de lamentar esta postura do Governo de quase desprezo dos municípios em relação a uma matéria tão importante e tão relevante quanto esta”, disse.

O presidente da Câmara de Seia, Carlos Filipe Camelo, que ainda não se manifestou sobre esta decisão de colocar um ponto final no projecto, tinha afirmado na altura do lançamento da obra que se tratava de um investimento de “enorme importância para a região”. O autarca salientou mesmo que a construção das barragens de Girabolhos e da Bogueira, no rio Mondego, traria uma dinâmica desejada”, uma vez que iria gerar cerca de 1000 postos de trabalho durante o período da construção.

A barragem de Girabolhos, recorde-se, era um projecto (composto por duas barragens, funcionando em regime de reversibilidade) da Hidromondego (empresa do Grupo Endesa) que assinou um contrato com o Estado Português em Setembro de 2013. O investimento neste projecto rondava os 430 milhões de euros e inicialmente a obra chegou a ter uma previsão de conclusão para 2018.

O projecto inicial previa uma potência instalada total de aproximadamente 360MW e seria responsável por gerar energia eléctrica suficiente para o abastecimento de aproximadamente de 250 mil famílias em Portugal.

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