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“Há autarcas e outros políticos que deveriam ser responsabilizados pelos acidentes”

A última semana ficou marcada por um acesso invulgar de visitantes à Serra da Estrela. Mas o sábado ficou igualmente assinalado pela tragédia com dois acidentes em duas estradas bem conhecidas pela sua perigosidade: o IP3 e a Estrada Nacional 17. Na via que liga Viseu a Coimbra um despiste de manhã provocou um morto e dois feridos graves. Mais tarde, no concelho de Seia um acidente causou oito feridos, quatro dos quais graves. Algo que o empresário Fernando Tavares Pereira classifica como momentos que deveriam envergonhar os políticos e autarcas da região que, no seu entender, não foram capazes de obrigar quem de direito a cumprir promessas com vários anos. O empresário vai mais longe e considera que os autarcas e outros políticos que tiveram poder para suprir a ausência de acessibilidades seguras e não o fizeram deveriam ser responsabilizados por alguns dos acidentes.

“Este fim-de-semana houve um fluxo enorme de visitantes à região e houve estes dois acidentes, mas infelizmente não é nada de novo e é algo a que já estamos habituados. Infelizmente acidentes desta dimensão ocorrem com demasiada frequência no percurso entre o final do IC6 e Celorico da Beira, bem como no IP3”, explica o empresário que exerce o cargo de vereador na CM de Tábua. “Acessibilidades dignas podiam evitar muitos acidentes e mortes. É que estas estradas até com uma condução muito atenta são perigosas. E, por este andar e com os políticos que temos, se não houver alguém com coragem e iniciativa para criar acessibilidades, a zona Norte da Serra da Estrela continuará condenada”.

Fernando Tavares Pereira também não se contém em críticas à Turistrela que, em sua opinião, tem sido um entrave ao desenvolvimento da vertente Norte da Serra da Estrela. “Espero que estas duas estradas não estejam sob a alçada daquela entidade que tem sido um entrave ao desenvolvimento. É uma entidade que tem travado tudo o que os empresários poderiam fazer para o desenvolvimento da zona Norte da Serra da Estrela. “É que os investidores estão impedidos de desenvolver empreendimentos nesta área devido ao contrato de concessão existente. Como não se fazem as estradas, começo a temer que o Estado também as tenha entregue à Turistrela”, ironiza, salientando que não pode deixar de aplaudir os autarcas e políticos do outro lado da Serra da Estrela. “Olhem para a Covilhã, para o desenvolvimento daquela vertente da montanha…”, diz, lembrando que “do lado de cá” ainda vão resistindo algumas empresas, mas que com o passar do tempo podem definhar.

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