Sem sinais de um novo investidor, os trabalhadores foram hoje informados da nomeação do administrador de insolvência, que deverão conhecer em novo plenário agendado para a próxima quarta-feira, 20 de Maio.
Quem assegura não baixar os braços é Fátima Carvalho do Sindicato do Sector Têxtil e das Confecções que pretende fazer jus à promessa de recuperação da empresa com um novo investidor.
“Estão-se a fazer diligências para uma nova reunião no Governo Civil com o novo administrador”, referiu a sindicalista ao correiodabeiraserra.com, garantindo que os cerca de 160 trabalhadores “acreditam que tudo está a ser feito e, exigem e apelam ao poder político e às forças vivas para se envolverem, no sentido de se encontrar uma solução”.
“Eles querem trabalhar e não querem estar no desemprego”, referiu, assegurando que “estão todos muito unidos, expectantes e dispostos a lutar para que a empresa possa reabrir”.
Questionada sobre o nome de possíveis investidores interessados em recuperar a HBC, Fátima Carvalho cingiu-se à existência de “hipóteses”, ao mesmo tempo que apelou à confluência de sinergias como objectivo de se encontrar um investidor.
“Estou convencida de que, a nível de Oliveira do Hospital, é possível encontrar uma solução”, sublinhou, insistindo na envolvência do poder político na busca de respostas para os problemas que afectam os trabalhadores da HBC e para as ameaças que pairam sobre outras empresas.
“Os problemas estão, em cada dia, a aumentar cada vez mais”, alertou a sindicalista que disse ter conhecimento da existência de problemas numa outra empresa de confecções a laborar no concelho.
“Iremos fazer todo o nosso trabalho e investigar o que é que se está a passar”, referiu, confessando-se “muito preocupada com a zona de Oliveira do Hospital, pela existência de uma mono indústria que “exige uma atenção redobrada de toda a gente”.
“Estas pessoas vivem com muito baixos salários”, lembrou Fátima Carvalho que também aproveitou para louvar a atitude que o centro de emprego e a Segurança Social tiveram no tratamento célere do processo da HBC. “Isso ajudou a minimizar o problema das pessoas, mas é necessário fazer mais por Oliveira do Hospital e unir esforços para que se encontrem soluções”, verificou, não escondendo o receio pelo aparecimento de “mais problemas”.