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No 86º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, a data ficou marcada pela inauguração de um monumento de homenagem a Manuel Gouveia Serra e aos bombeiros. “Os homens passam, mas as instituições ficam”, frisou o presidente da Câmara.

Homenagem ao comandante Serra e aos bombeiros dominou aniversário da corporação

 

Imagem vazia padrãoA comemoração do 86º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital (AHBVOH) ficou este domingo marcada pela homenagem prestada pela Câmara Municipal ao comandante Manuel Gouveia Serra e aos bombeiros. A inauguração da Praça com nome do falecido comandante e do monumento ao bombeiro – da autoria de Luís Queimadela –  foi, de facto, o ponto alto das cerimónias, destacando-se o peso emocional que o acto encerrou.

O presidente da Câmara Municipal referiu-se à homenagem prestada como “um acto de cumprimento com aquilo que deve ser a história”, porque “os homens passam, mas as instituições ficam”. Para além da homenagem ao comandante Serra, Mário Alves deixou claro que o monumento é também uma homenagem “aos bombeiros do concelho e de Portugal”, fazendo questão de fazer referência à corporação de Lagares da Beira, para a qual reivindicou mais adiante – numa mensagem dirigida ao governador civil – uma Equipa de Intervenção Permanente tal qual como a que está a ser criada na corporação da cidade e noutras do país. Contudo, foi sobre o comandante Serra, falecido há quatro anos e agora imortalizado numa praça onde se ergue o seu busto, que Mário Alves centrou a sua homenagem. “No monumento quisemos contribuir para que memória do que é o ícone dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital não desaparecesse e fosse perpetuada pelos tempos fora”, referiu o autarca, realçando o “bom exemplo” dado pelo bombeiro “na condução de homens e desta instituição” e a sua vertente de “pedagogo”. Desafiou ainda os presentes para que “daqui por ano” seja possível “fazer o que resta desta história”. “Que alguém faça aquilo que eu já não posso fazer enquanto presidente da câmara, mas posso patrocinar com os meus colegas do executivo: o livro que possa ter a vida e a obra de Manuel Gouveia Serra”, sustentou Mário Alves, considerando que “quando isso estiver feito, servirá de exemplo para os mais novos”.

Serafim Marques: “um bombeiro sem farda”

Imagem vazia padrãoNa cerimónia de aniversário, o parque de viaturas da corporação da cidade ficou mais apetrechado com a chegada de uma ambulância devidamente equipada, para cuja aquisição contribuiu o comendador Serafim Marques, e a Câmara Municipal para o seu apetrechamento. Presente na cerimónia, o benemérito local foi identificado pelo presidente da autarquia como sendo “um bombeiro sem farda, um homem de coração imenso e generosidade sem igual”. Palavras de reconhecimento a Serafim Marques foram também dirigidas pela direcção e comando da corporaçã,o que se revelaram cada vez mais apostados na formação do corpo de bombeiros.

O presidente da direcção informou ainda da aquisição de 140 armários e da remodelação do espaço físico dos vestiários dos bombeiros, da aquisição de equipamentos de protecção individual e da intenção de a AHBVOH adquirir um autocarro para o transporte da fanfarra estando já a decorrer um peditório para o efeito. Arménio Tavares revelou-se também preocupado com a subida dos preços dos combustíveis, lamentando que a Administração Regional de Saúde do Centro tenha fixado o preço do quilómetro sem possibilidade de ajustamento. Questionou, por isso, se os bombeiros não terão direito aos benefícios que estão a ser dados a outras entidades.

O sucessor de Manuel Gouveia Serra – a quem se referiu enquanto “pedagogo com grande sabedoria” – destacou o “trabalho do voluntariado, que é o pilar central em que assenta a estrutura organizacional desta associação”. Emídio Camacho revelou-se apostado na formação dos bombeiros e no apetrechamento tecnológico das viaturas, ao mesmo tempo que louvou o “empenhamento da comunidade local” na causa dos bombeiros.

Governador apelou à “auto-protecção”

Face aos números divulgados por Camacho, segundo os quais, foi na área da Saúde que mais se centrou, em 2007, a actividade dos bombeiros, o governador civil, sublinhou que hoje existe um “novo paradigma”. “O bombeiro já não acciona apenas as bombas de água, contribui também para a saúde”, referiu Henrique Fernandes que sem deixar de elogiar o comandante Serra – “deixou um exemplo para toda a comunidade”, referiu – apelou ao empenho de toda a população em prol da sua “auto-protecção” e à “interacção de responsabilidades”.

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