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Incêndio consumiu “1.400 hectares” em Oliveira do Hospital

Cerca de 1.400 hectares. É esta a estimativa do presidente da Câmara de Oliveira do Hospital para a área destruída, em cinco horas, pelo incêndio de ontem que teve início em Oliveira do Hospital, estendendo-se depois a Seia. “Foi área de mato e agrícola, sendo mais de mil no concelho de Oliveira do Hospital e os restantes do concelho de Seia”, lamentou o autarca.

O incêndio deflagrou pelas 15h00 de quarta-feira, em Meruge, uma freguesia do concelho de Oliveira do Hospital. A lavrar em duas frentes, o incêndio estendeu-se ao vizinho concelho de Seia acabando dominado perto das 21h00. José Francisco Rolo explicou que as chamas destruíram várias produções e afectaram gravemente a ovinicultura.

“O fogo destruiu rebanhos e pastos, nas freguesias de Meruge, Lagares da Beira, Travanca de Lagos, Seixo da Beira e na União das freguesias de Ervedal e Vila Franca da Beira, Seixo da Beira”, descreveu. De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, este incêndio veio agravar as dificuldades com que os pastores que produzem Queijo Serra da Estrela já se vinham debatendo, devido ao país se encontrar em situação de seca extrema.

“Já tínhamos pedidos apoios para os pastores por causa da seca e, neste momento, estamos a trabalhar com a Ancose [Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela] e com o Ministério da Agricultura, no sentido de garantir apoios para os produtores que viram dizimadas as suas cabeças de gado”, referiu.

José Francisco Rolo admite que se possam ter perdido dezenas de ovelhas Serras da Estrela. “Temos a expectativa de, para a semana, termos fechada a proposta com pacotes de ajudas, concertada com a Ancose e o Ministério da Agricultura, para ajudar os pastores da Serra da Estrela. Não só pelo incêndio de Oliveira do Hospital, mas também daquele que está em curso na Serra da Estrela”, evidenciou.

O autarca defendeu ainda que é um imperativo nacional proteger os pastores e os seus rebanhos, pois só assim é possível manter uma paisagem humanizada e vigiada de forma activa. “Temos que salvar esta actividade fundamental para proteger o território e que levou mais um golpe. Se os produtores perdem efectivos e não têm apoios, vai haver abandono da actividade”, alertou.

O incêndio, que destruiu vários barracões para apoio agrícola, na zona da Sobreda e Seixo da Beira, e uma casa de primeira habitação em Travancinha (concelho de Seia), causou ainda três vítimas ligeiras.

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