Em comunicado a Maavim volta a lembrar episódio de Outubro de 2017.
“A MAAVIM, na defesa dos lesados dos Incêndios de Outubro de 2017, continua a reivindicar ajudas aos seus lesados e à população afetada.
Passaram 46 meses e a tragédia de Outubro de 2017 continua presente.
Encheram-nos de promessas.
Eram milhões para a Floresta, milhões para a Indústria, milhões para a Agricultura, milhões para as habitações, milhares de cabras sapadoras, reflorestação de milhares de hectares, drones de vigilância, aldeias seguras, enfim muitos apoios vertidos em palavras…
Acontece que praticamente 4 anos depois muitos não foram cumpridos.
Existem famílias sem casa, outras sem meio de sustento, outros foram embora e fala-se agora na desertificação do Interior.
O incêndio mandou muitas das nossas gentes embora, por falta de apoio ao restabelecimento.
O incêndio queimou muita economia dos meios rurais.
O incêndio queimou a esperança de muitos para continuar nos territórios afetados.
Ainda hoje os inquéritos dos incêndios continuam sem culpados e o Incêndio lavra silenciosamente nas memórias de todos os afetados e de toda uma vasta região que foi Abandonada.
Só queremos o que foi prometido e que é competência das autoridades.
Continuam milhares de famílias sem qualquer apoio até ao momento e sem esperanças disso.
Quem são os culpados? Passou muito tempo e ninguém penaliza quem nos abandonou em Outubro de 2017.
Queremos JUSTIÇA CONTRA OS CULPADOS pelo ABANDONO das populações
Não aceitamos que a região ainda hoje pareça que acabou de sair de uma guerra.
Nós não somos culpados, somos vítimas.”