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Adega Cooperativa de Nogueira do Cravo vê “luz ao fundo do túnel”

…acumulava um passivo de um milhão de euros – continua a ser protelado. A integração na União das Adegas Cooperativas do Dão (UDACA) e o interesse na compra já manifestado por alguns empresários poderão garantir a continuidade da adega responsável pelo vinho certificado “Senhor das Almas”.

“Até ao final do ano a situação vai ficar resolvida”. A garantia foi dada ao correiodabeiraserra.com por Luis Vaz Pato, presidente da direcção da ACNC revelando que está a ser analisada a possibilidade de integração da adega na UDACA. “Tem-se andado a trabalhar nesse sentido”, referiu o responsável, confessando não ser intenção da direcção que lidera transformar a adega “num mono desaproveitado”, mas sim numa estrutura que continue “a ter interesse para os viticultores”. Segundo contou Vaz Pato a este diário digital, tem havido abertura por parte da UDACA para uma possível integração no âmbito de um projecto que prevê a integração da totalidade das adegas associadas. “Queremos ver se conseguimos integrar este projecto”, disse, admitindo porém que até agora ainda é tudo “virtual”, porque nada está concretizado.

Há já muito tempo que a direcção de Luís Vaz Pato defende a comercialização conjunta dos vinhos pela UDACA, porque a ACNC não tem capacidade para montar uma rede de distribuição capaz. “A dificuldade da adega é de escoar o produto de forma compensadora”, confessou, explicando que a venda do vinho em garrafa tem uma valorização diferente, não acontecendo o mesmo com o garrafão. Notou, contudo, que para isso “é preciso montar esse circuito comercial”.

Em Setembro deste ano, a ACNC acumulava um passivo na ordem de um milhão de euros, com os bancos e os sócios a serem os principais credores. Apesar de a campanha deste ano já estar liquidada, os cerca de 150 sócios continuam a aguardar pelo pagamento relativo às três campanhas anteriores, num total de cerca de 200 mil euros. “Foi uma campanha muito pequena com pouca uva e foi relativamente simples de saldar”, referiu, garantindo que é impossível para a adega fazer face ao passivo que acumula.

Embora defensor da integração na UDACA, como forma de a adega também poder usufruir dos serviços que passam a ser comuns a todas as congéneres, Luís Vaz Pato não deixa de olhar para outra solução que pode passar pela aquisição da adega por empresários. “Já me chegaram aos ouvidos muitas coisas”, contou ao correiodabeiraserra.com, garantindo ter conhecimento da existência de interessados.

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