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João Dinis é o candidato da CDU à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital

Consumou-se esta tarde o que já se esperava há algum tempo. João Dinis não se esgotou na recandidatura à Junta de Freguesia de Vila Franca da Beira e é oficialmente o cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.

O objectivo “é o de obter o melhor resultado possível para a Câmara e Assembleia Municipal ”, mas aos jornalistas não deixou de considerar que a situação actual “é mais complicada do que a verificada há quatro anos atrás”.

Não escondeu que para a “situação complicada” com que a CDU se depara muito contribuíram as saídas de António Lopes e Nuno Oliveira em direcção ao Partido Socialista. “A saída de António Lopes mexe com o resultado da CDU, mas quem saiu foi ele e não fomos nós”, disse João Dinis, reservando maiores considerações para Nuno Oliveira – que inicialmente apelidou de Nuno Ribeiro – chegando a elogiar o empenho do eleito na Assembleia de Freguesia de Oliveira do Hospital.

Fazendo questão de lembrar que Oliveira foi muito mal tratado pelo PS, Dinis referiu que aquele eleito depois de ter sido candidato pela CDU consegue regressar ao PS “pela porta grande”.

Parece, contudo, não existir qualquer dúvida quanto a um bom resultado nas freguesias de Vila Franca da Beira e Meruge, onde na primeira João Dinis se candidata com uma equipa da qual fazem parte 14 mulheres, sendo que para a segunda João Abreu passou o testemunho a Aníbal Correia.

“Vamos manter as maiorias no próximo mandato”, garantiu Dinis, tomando por base a obra feita e a “atitude democrática de ouvir as populações que é um traço distintivo da CDU em relação a outros partidos, cujos candidatos, depois de eleitos, assumem o papel de: eu quero, posso e mando”.

“O projecto da CDU é o mais completo e ousado”

Embora com dúvidas, relativamente, ao cabeça de lista da CDU para Assembleia de Freguesia de Oliveira do Hospital, João Dinis deu hoje também como certos os nomes de Luís Almeida e Fernando Soares como candidatos, o primeiro à Assembleia Municipal e Junta de Freguesia de Nogueira do Cravo e o segundo à de Ervedal da Beira.

Mas foi, sobretudo, na candidatura municipal que Dinis centrou a atenção, garantindo que “o projecto da CDU é o mais completo e ousado”, tendo por base “o desenvolvimento integrado do Município”.

Defendendo uma gestão municipal que siga o exemplo de Vila Franca da Beira e Meruge, João Dinis posiciona-se em prol do debate democrático que pretende iniciar em campanha eleitoral, numa tentativa de “contrariar a tendência anti-democrática e muito redutora de outros partidos que se centram na luta de galos e na fulanização da política local”.

Dos objectivos de Dinis faz ainda parte a intenção de informar a população acerca das “consequências da política de direita”, posta em prática “quer pelo governo PS, quer pela maioria PSD na Câmara Municipal”.

“Todos os falhanços do PSD foram aprovados pelo PS”, verificou, pegando no exemplo concreto da concessão do abastecimento de água à Águas do Zêzere e Côa. A questão dos IC, Zona Agrária e ameaça de encerramento do tribunal e do SAP foram também evidenciados por Dinis, que não hesitou em afirmar que “o governo do PS tem perseguido selectivamente o nosso município”.

Sem que tenha esquecido as dificuldades que afectam o tecido produtivo, o candidato da CDU à autarquia oliveirense assumiu como medida estratégica a construção do “ramal de caminho-de-ferro desde a Lousã até Celorico”.

Dinis posicionou-se, ainda, em defesa da construção da ESTGOH no terreno que foi adquirido para o efeito na freguesia de Oliveira do Hospital e, da criação de um centro empresarial nas instalações da ACIBEIRA.

O candidato pretende ainda substituir a rede de pública de abastecimento de água, construir uma piscina na Cordinha e apostar na área da acção social e na defesa dos recursos naturais.

Lista de independentes é “embuste político-partidário”

Embora tenha criticado o facto de o PSD ter entrado, há 4 anos atrás, na corrida pela presidência da câmara sem qualquer programa eleitoral, foi no projecto independente que recaiu o discurso mais inflamado de João Dinis.

Considerando tratar-se de um “embuste político-partidário que pretende vir perante os eleitores, afirmar-se como a mais credível oposição à gestão do próprio PSD”, João Dinis alertou que na realidade os elementos que integram aquele projecto “são os PSD ressabiados, a que meia dúzia do CDS-PP tentou aproveitar a boleia”.

“É o PSD bom versus o PSD é mau”, ironizou o candidato, sublinhando que “também no PS há um pouco essa tentação”, com os “seus candidatos a alegarem que não são militantes do PS, para se procurarem descartar das responsabilidades do PS”.

“Tudo isto são formas de alijar as responsabilidades e de não olhar de frente para os eleitores”, vincou João Dinis, alertando que “não vale a pena os eleitores votarem no PS ou no PSD”.

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