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José Carlos Alexandrino contraria Governo e diz que IC6 vai avançar

José Carlos Alexandrino insiste que a conclusão do IC6 vai ser uma realidade nos próximos tempos, contrariando as afirmações que têm sido proferidas por vários responsáveis governativos sobre esta rodovia. O homem, que condicionou a sua recandidatura à Câmara de Oliveira do Hospital, pelo PS, à conclusão daquela obra, assegurou que o IC6 vai mesmo avançar. As afirmações surgiram numa conferência de imprensa realizada na quarta-feira em Vila Nova de Poiares sobre o IP3 e aparecem poucos dias depois do semanário Expresso dar a conhecer que o Governo até 2030 tem como única obra de vulto em termos de rodovias a reconversão do IP3.

O recandidato à Câmara Oliveirense, porém, vai dizendo que não será assim. “Está assumido pela Câmara Municipal, pela Comunidade Intermunicipal e pelo Governo que o IC6 até Folhadosa será uma realidade. É que os concelhos de Oliveira do Hospital, Tábua, Arganil, Seia e Gouveia querem o prolongamento da serra e a serra da Estrela vai beneficiar deste prolongamento do IC6”, afirmou o autarca em imagens recolhidas pela CentroTV. “É esse o compromisso do Governo e também do senhor Primeiro-ministro em Oliveira do Hospital e espero que ele o honre. É fundamental quando nos comprometemos, cumprir”, referiu o autarca que apenas tem dúvidas que aquele itinerário possa ser estendido até à A25. “Pode não haver condições financeiras”, concluiu.

António Costa, porém, quando visitou a BLC3, em Maio, não se comprometeu com prazos, sublinhando que neste momento só era possível lançar um concurso para a elaboração do projecto, de forma a existirem condições para preparar o quadro pós 2020, em 2018 e 2019, para se dotar o país de condições financeiras para no futuro se realizar esse investimento. “Agora vamos fazer o que é possível, e que seria sempre necessário fazer, que é lançar um concurso para a elaboração do projecto”, frisou o líder do Governo, para quem nesta fase é preciso trabalhar para criar “condições para que assim que haja condições financeiras podermos dar execução a esse projecto”. Mas nunca se comprometeu com prazos. A única garantia foi de que avançaria quando houvesse dinheiro, o que aparentemente só acontecerá depois de 2030.

José Carlos Alexandrino tinha recebido a mesma resposta quando o ministro do Planeamento e Infra-estruturas se deslocou a Oliveira do Hospital, em Janeiro, para assinar o contrato de requalificação da EN17. Na altura, perante a afirmação de José Carlos Alexandrino de que a sua recandidatura estava “condicionada à conclusão do IC6” e que levaria a sua “palavra até ao fim”, Pedro Marques limitou-se a responder que a falta de fundos comunitários impede obras grande dimensão. “A opção do anterior Governo de não haver qualquer apoio de fundos comunitários para obras na área da rodovia impede-nos de realizar obras como esta [IC6] que são empreitadas de várias dezenas de milhões de euros. É impossível sem fundos comunitários. O Orçamento de Estado hoje não comporta esse investimento”, concluiu.

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