O Conselho de Ministros aprovou ontem o decreto-lei que irá permitir a eleição indirecta dos presidentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), prevista para o mês de Setembro. No comunicado que se seguiu ao Conselho de Ministros, realizado ontem em Lisboa, o Governo destacou que o diploma altera a orgânica das CCDR, consagrando a eleição indirecta dos respectivos presidentes por um colégio eleitoral composto pelos presidentes e vereadores das câmaras municipais e pelos presidentes e membros das assembleias municipais (incluindo os presidentes de junta de freguesia) da respectiva área territorial. O CBS sabe que o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital deverá estar entre os potenciais candidatos à liderança da CCDR Centro, um cargo que foi ocupado pela agora ministra Ana Abrunhosa.
O novo modelo vem afastar a nomeação directa por parte do Governo, consagrando a eleição indirecta por voto dos presidentes e vereadores das câmaras municipais. O objectivo é “garantir uma maior representatividade de todos os eleitos locais e uma melhor administração ao nível regional, reforçando a legitimidade democrática e a transparência ao nível da governação regional”, refere o comunicado. No Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), realizado no final de Novembro passado em Vila Real, recorde-se, o primeiro-ministro, António Costa, tinha anunciado a realização desta eleição para o primeiro semestre 2020, de forma a “proceder ao reforço da legitimidade democrática, para que as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional possam assumir plenamente o desenvolvimento de estratégias regionais”.
Ao que o CBS apurou José Carlos Alexandrino nunca falou publicamente sobre este caso, mas uma fonte garante que essa é uma das suas ambições e que o seu nome está entre os mais bem colocados dos candidatos ligados aos socialistas. E caso fosse eleito entregaria o que resta do mandato na autarquia ao seu vice-presidente e provável candidato pelo PS às próximas autárquicas, Francisco Rolo. “Esse é um cenário muito possível, embora existam muitos nomes, nomeadamente autarcas em fim de mandato e que não se podem recandidatar”, referiu a fonte ao Correio da Beira Serra, solicitando o anonimato. José Carlos Alexandrino, segundo esta fonte, e falando só dos nomes mais próximos desta região, teria como adversários os presidentes da Câmara da Pampilhosa, do Carregal do Sal, entre outros.
“Há muitos nomes. Estamos a falar de concelhos aqui próximos. Mas não nos podemos esquecer que a CCDR Centro engloba distrito de Coimbra, Aveiro, Leiria, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Leiria e Santarém. Na ala do PS, José Carlos Alexandrino surge, juntamente com Isabel Damasceno (de Leiria e actual Presidente indigitada da CCDR Centro) e o ex-presidente da CM de Mangualde João Azevedo, que foi director de campanha de António Costa nas legislativas, como os mais bem colocados”, refere a mesma fonte. “Já do lado do PSD surge Maurício Marques, ex-deputado e presidente de Penacova, José Alberto, presidente da AF Viseu e ex-vice da CCDR, bem como José Brito que é o presidente da CM da Pampilhosa e o autarca no distrito de Coimbra, em fim de mandato, com mais vitórias do PSD”, frisa. “Vai ser muito disputado este lugar”, conclui.