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Luís Ângelo tomou posse em cerimónia marcada pela acutilância do discurso

“Para mim este cargo não é um tacho”, começou ontem por esclarecer Luís Ângelo por ocasião da tomada de posse de director do Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas (AEBGM), para o qual foi eleito no passado dia 27 de Maio.

Perante uma plateia, maioritariamente, composta por docentes e funcionários do agrupamento e da qual também faziam parte, entre outros, o presidente da Câmara Municipal e a vereadora da Educação, o até então presidente do Conselho Executivo daquela escola fez questão de esclarecer os valores da sua nova missão. Com a ideia de “protagonismo” colocada à margem dos seus objectivos, Luís Ângelo disse estar antes disposto a lutar por “melhores condições físicas de todas as escolas e jardins-de-infância”, reconhecendo porém as limitações financeiras do agrupamento para o efeito.

A melhoria das condições pedagógicas ao dispor dos alunos e, a aposta na formação do pessoal docente e não docente são outros dos objectivos que, o director do agrupamento quer procurar atingir nos próximos quatro anos.

Ângelo revelou-se, contudo, preocupado com os sinais de precariedade social que têm chegado àquele Agrupamento e que, cujas consequências, têm sido combatidas com o apoio da CPCJ e do projecto AGIR que, têm impedido que muitas crianças sejam dadas ao abandono.

“Também tenho direito de manifestar as minhas opiniões, quando e onde acho que devo”

Mas, foi sobretudo na forma como tem sido tratado o caso das EB1 – Luís Ângelo não referiu o caso concreto da EB1 de Senhor das Almas – que se centrou a acutilância do primeiro discurso do director do AEBGM.

Garantindo pugnar sempre pelo diálogo entre todos os visados, o responsável assegurou que eles têm sido os primeiros a ouvir da sua boca aquilo que pensa. “Quando tomo uma decisão, as pessoas já a sabem antecipadamente”, referiu, asseverando que “enquanto for director do agrupamento” não se irá debater “pelo fecho de escolas”. Segundo adiantou, “não está em causa nenhum fecho de escola para o próximo ano lectivo e também nenhuma está sobrelotada”.

Também não aceitando que algumas escolas atinjam o seu limite, Luís Ângelo informou que está a ser feita uma gestão nesta matéria e adiantou, que até foi efectuada uma proposta de criação de mais uma turma nos dois anos do segundo ciclo.

Assumidamente à margem de questões políticas, Luís Ângelo recordou o seu direito de manifestar as suas próprias opiniões “quando e onde” acha que deve. “Impedirei sempre e tenho impedido que a política entre nas nossas decisões e no nosso agrupamento. Sou totalmente neutro nesse aspecto”, verificou.

No seu discurso, o professor, que desde há nove anos exerce a sua actividade no AEBGM, expressou o seu descontentamento por “algumas das especulações que têm sido criadas em canais de comunicação actualmente existentes que, em nada, dignificam as pessoas de Oliveira do Hospital”.

Numa crítica implícita ao diário digital do Correio da Beira Serra, Luís Ângelo considerou que “esta comunicação” contribui para o agravamento dos efeitos da interioridade, já que “as acusações através do anonimato valem o que valem”.

“Sou um achadiço, mas já conheço aqui muitas pessoas e muitas coisas”, acrescentou numa clara resposta a um comentário postado neste diário digital.

Decidido em dar o seu melhor nos quatro anos que se avizinham, Luís Ângelo destacou a capacidade da equipa que o acompanha. À frente do novo órgão – unipessoal e não colegial – o responsável conta com João Paulo Bento enquanto sub-director e com Ana Brito, Alice Relvas e Sandra Oliveira no papel de adjuntas.

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