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Luís Pinheiro demitiu-se em Nelas e escreveu uma carta onde acusa todos e elogia o presidente Borges da Silva

Luís Pinheiro, o ex-chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Nelas, Luís Pinheiro, que renunciou ao cargo, depois de ter estado envolvido numa polémica a propósito da sua presença em reuniões após o regresso de uma viagem a Espanha onde os casos de Covid-19 eram elevados. Não cumpriu a quarentena, foi infectado e obrigou a uma quarentena de mais de 30 pessoas afectas à autarquia. Agora escreveu uma carta onde dispara em várias direcções.

Na carta enviada ao presidente da Câmara, Borges da Silva, e que o Jornal do Centro publica na íntegra, Luís Pinheiro, eleito pelo PSD à presidência da Junta de Freguesia de Canas de Senhorim, faz criticas e diz que houve aproveitamento político da sua doença. E elogia Borges da Silva que considera acima dos partidos e ideologias: “Uma tangência que é, sobretudo, Borges. De modo que há, na CMN, três posições fundamentais: a direita, a esquerda e – a presidência do Dr. José Borges da Silva”.

Na carta, apontados o dedo ao PS (partido pelo qual o presidente da Câmara foi eleito, mas com quem Borges da Silva tem divergências ao nível da estrutura local). Borges da Silva resolveu apresentar a dita carta ao secretariado socialista, uma atitude reprovada por Luís Pinheiro que considerou um “erro” o que o presidente fez por mostrar uma missiva pessoal ao “inimigo”.

A “demissão” de Luís Pinheiro surpreendeu adversários e apoiantes do presidente da Junta. As reações de condenação, com críticas muito duras, não se fizeram esperar por parte da sociedade civil, mas também, pelos seus adversários políticos. As hostilidades foram abertas pelo secretariado executivo do Partido Socialista de Nelas que considerou ser “lamentável o incidente provocado pelo chefe de gabinete” e que já tinha, inclusive, pedido a sua demissão.

Também o vereador do PSD de Nelas, Joaquim Amaral, classificou o comportamento de Luís Pinheiro, “profundamente irresponsável” e que “poderia ter tido outras repercussões”. Sobre a saída de Luís Pinheiro diz que se trata de “pura encenação, mais uma”. “O “embrulho” com duplo laço, sugestionado como pedido de demissão e pretensa aceitação, não é mais do que uma solicitação de não renovação, com o requinte da cessação imediata da responsabilidade de coordenação, afinal não ser também imediata no vínculo que se vai prolongar até ao seu término do contrato”, refere o vereador, para quem “a idílica relação, conturbada no passado, mas que se vai manter, foi apenas interrompida por mera conveniência política para iludir os munícipes”.

Já Manuel Marques, vereador do CDS-PP, entende que “da leitura da carta resulta “uma jogada política” de dois mestres: Luis Pinheiro e Borges da Silva, para que na eventualidade de o povo lhe dar uma vitória eleitoral em 2021, Luis Pinheiro “ficar na Câmara quatro anos de pedra e cal”.

Na carta, divulgada na integra pelo Jornal do Centro, possível ler que, para Luís Pinheiro, Borges da Silva surgiu como a figura necessária num concelho “que não tem, na sociologia, na política, essa coisa lassa e risonha, que é a defesa exclusiva dos superiores interesse públicos – era preciso reinventar a Câmara. Foi, aí, Borges, que surgiste tu. Tu inauguraste uma nova CMN. Uma gestão camarária que é, sobretudo, uma tangência suprapartidária”.

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