O Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndio Midões (MAAVIM) deu entrada com novos elementos no Ministério Público sobre habitações que foram recuperadas e que não se enquadravam na legislação. Alguns desses casos foram denunciados pela CCDR-Ce e agora foram enriquecidos com mais factos e declarações importantes.
Entre os novos dados, o porta voz da MAAVIM destaca, Nuno Tavares Pereira, destaca depoimentos dos últimos moradores dessas alegadas casas de residência. “Que já não habitavam (em alguns casos) há mais de uma década e outras que nem sequer eram habitações”, explica, alertando que um dos casos com novos dados é a conhecida “Casa do Cantoneiro”. “Este é um importante passo para a agilização dos processos relativos aos incêndios de Outubro de 2017, sendo mais importante ainda para as centenas de famílias que nunca receberam qualquer apoio”; sublinha.
Este elemento da MAAVIM refere que, no caso das habitações permanentes, o movimento continua a auxiliar aqueles a quem o apoio foi recusado e há muito deviam ter sido superados. “Não abandonaremos essas famílias, que passados praticamente quatro anos continuam sem a habitação que lhe é devida por direito. Relembramos que embora muito se tenha conseguido alcançar nos últimos tempos, ainda temos famílias em desespero e sem solução à vista”.
Lembrando que a chamada de atenção da MAAVIM, em conjunto com outros intervenientes, permitiu que os apoios à agricultura fossem alargados, que fosse revertida a decisão sobre dezenas de habitações permanentes a quem tinham sido inicialmente vedados os apoios, que foram asseguradas verbas para a indústria com mais prazos e comparticipação, o movimento refere, a terminar, que “falta ainda muita coisa, principalmente na floresta e para os milhares de agricultores que ficaram impedidos de aceder a qualquer apoio”.