A ministra da Agricultura reconheceu hoje a necessidade de melhorar os seguros agrícolas e lembrou que o Estado já investe 18 milhões anuais nessa área. “Têm de ser melhorados”, frisou Maria do Céu Antunes que esteve nas Feira do Queijo e do Pastor, em Penalva do Castelo, onde acabou por ouvir o descontentamento de alguns agricultores para com o seu desempenho à frente do ministério.
“Estou no terreno sempre com grande motivação para ouvir os agricultores”, referiu a governante que elogiou os três produtos de excelência da região, a maçã Bravo de Esmolfe, o vinho do Dão e o queijo da Serra da Estrela. Mas também foi confrontada pelos agricultores. Um empresário agrícola, por exemplo, procurou explicar-lhe que os de apoios “next generation” eram de difícil execução. “Obriga a um pagamento único. Ou seja, primeiro temos de executar o projecto todo e só depois é podemos pedir a comparticipação. Esses apoios estão desenhados para os tractores e aí funciona bem porque o tractor é pago de uma vez, mas no nosso investimento, que era para pomares, e prolongava-se por dois anos e por fases, num total de 500 mil euros. Ou seja, precisamos de investir durante esse tempo e só depois poderíamos solicitar um apoio que não sabíamos de quanto seria”, referiu Nuno Tavares Pereira. A ministra disse que ia averiguar. “Agora não é necessário, já desistimos”, concluiu o empresário.
Maria do Céu Antunes acabou por reconhecer que há apoios “carregados de burocracia que muitas vezes são impeditivos de que as coisas andem mais rápido”. A ministra da Agricultura foi ainda questionada sobre a extinção da Secretaria de Estado da Agricultura e reclamaram alguém para o cargo. “Muito em breve”, reiterou a governante, salientado que ali apenas falava da maçã Bravo de Esmolfe, do vinho do Dão e do queijo da Serra da Estrela. “Depois falamos desse assunto”, concluiu.