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Ministro inaugura nova Unidade de Saúde em Ervedal da Beira. SAP do Centro de Saúde continua encerrado, apesar das promessas de arrancar em Fevereiro

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, inaugurou ontem as novas instalações da Unidade de Saúde de Ervedal da Beira, Oliveira do Hospital, uma obra que teve um investimento de 400 mil euros, tendo sido financiada em cerca de 250 mil euros pelo poder central e o restante pela autarquia. Mas nos discursos, o presidente da autarquia não deixou de chamar a atenção para a falta de médicos no concelho, em particular aqueles que deveriam chegar para reactivar o Serviço de Atendimento Permanente no Centro de Saúde, entre as 8h00 da manhã e as 20h00, que se encontra reduzido a consultas de intersubstituição desde 31 de Outubro. José Carlos Alexandrino, recorde-se, disse mesmo a 5 de Fevereiro que talvez fosse possível reactivar o serviço naquela semana. Não aconteceu. Apenas uma médica da Fundação Aurélio Amaro Diniz passou recentemente a dar ajuda três vez por semana nas consultas de intersubstituição do Centro de Saúde. O SAP daquela unidade, porém, continua encerrado, com todos os problemas inerentes.

“O senhor ministro na nossa reunião deu de imediato ordem para serem contratualizados pela própria Fundação (Fundação de Aurélio Amaro Diniz) mais dois médicos. Penso que isso é fundamental. Mas não é para discutirmos isso hoje aqui. Esse assunto é para eu me deslocar a Lisboa e sentar-me consigo para encontrar-mos soluções. Temos de ter um caminho. Não plausível que haja um investimento na formação de médicos e depois eles queiram apenas ficar na cidade ou emigrar”, disse José Carlos Alexandrino, assegurando que não tem pretenções de mandar na saúde em Oliveira do Hospital, apesar do “empenho” que coloca “na defesa dos utententes, principalmente os mais fragilizados até o poder fazer parecer”.

“Precisamos de mais médicos. Precisamos de um SAP, seja na Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD), como eu defendo, seja no Centro de Saúde. Um serviço de atendimento permanente é fundamental”, frisou o autarca, sublinhando que a solução de passar as urgências para a FAAD para evitar o encerramento das urgências no concelho entre as 20h00 e as 8h00 foi boa. “E pergunto às pesssoas que se encontram aqui se quando se deslocam à FAAD se sentem num hospital privado ou numa IPSS que é de todos nós”, reforçou, enfatizando que as respostas, ainda assim, são insuficientes e que as consultas de intersubstituição não são suficientes.  “Por isso queremos que coloque mais médicos, precisamos dois médicos a fazer o serviço de atendimento. Mas o senhor deixe passar agora mais algum prazo para respirar e voltaremos ea reunir-nos para encontrar soluções”, rematou. O ministro limitou-se a referir que não tem como não o receber, “porque se não o receber ele não pára de telefonar”.

Adalberto Campos Fernandes reconheceu ainda que não se investe o que se deveria no interior, para ajudar as pessoas que não têm acesso ao privado e precisam do apoio do Estado. “Queremos fazer mudanças e alterações, não queremos que se mantenha o esquecimento. Quero vir aqui mais vezes até ao final do nosso mandato e dar as respostas necessárias”, disse o ministro da Saúde, garantindio que irá fazer tudo “para com imaginação e fazendo uso dos recursos que temos no país, que são escassos, encontrar soluções”. O governante deu mesmo como bom exemplo a solução encontrada com o acordo com a FAAD. “Temos esta colaboração estratégica com a autarquia para que iniciativas como esta proliferem”.

O governante frisou ainda que está a  fazer tudo para resolver os problemas do interior. “Não estou a trabalhar para aqueles corporativos que estão sentados nas grandes cidades e que podem ver as suas mordomias colocadas em causa. Estou a trabalhar para os seus municipes [vitrando-se para José Carlos Alexandrino], para aqueles que precisam, para aqueles que foram fustigados pelos incêndios e que devido a essa catástrofe passaram a ser olhados de maneira diferente. A senhora presidente da ARS  tem orientações muito claras: trabalhar a proximidade, trabalhar o pequeno, trabalhar as pessoas que estão sózinhas e isoladas”, concluiu.

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