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Município reforça confiança nos empresários de Oliveira do Hospital

Corresponde a um investimento de 32.500 Euros o apoio que a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital assumiu com os autores das ideias de negócio que saíram vencedoras do Empreender+ 2012. A primeira fatia do prémio – 10 por cento – foi entregue na tarde do último sábado aos empresários premiados numa cerimónia que, de forma simbólica, decorreu nas instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH), como forma de afirmar a “importância estratégica” da escola no concelho e na região.

Três projetos que sobressaíram entre um conjunto de 25 ideias de negócio sujeitas a concurso e que contaram com o envolvimento de cerca de 70 jovens. A empresa Nina – Transformação de Carnes foi a grande vencedora do concurso, com direito a prémio de 15 mil Euros, ao surpreender com uma ideia que consiste na comercialização de chouriço em lata de conserva que, depois de aberta, vira assador. Em segundo lugar – prémio de 10 mil Euros- ficou a empresa AH Saúde com um projeto na área da saúde e da formação, e que prevê a entrada em vigor de um sistema de tele assistência e monitorização na área da saúde e, venda de formação em boxes. A produção de cogumelos biológicos Shitake com marca registada OH bio, conquistou o terceiro lugar no concurso, com direito a prémio de 7.500 Euros.

Ideias de negócio que já dão os primeiros passos a nível empresarial e que vão ao encontro daquilo que é a vontade do município de continuar a valorizar o empreendedorismo local e que tem sido o garante do desenvolvimento concelhio. “Podemos ir buscar grupos económicos, mas em quem eu acredito é nos empresários de Oliveira do Hospital”, teve oportunidade de referir o presidente da Câmara Municipal que reiterou a confiança que tem nos empresários do concelho e no espírito empreendedor dos mais jovens. Um caminho que passa pela “valorização” das gentes do concelho e não tanto daquilo que vem de fora. “Há hoje na política quem ache que devemos ir buscar grandes grupos económicos para Oliveira do Hospital, mas a história do concelho diz-nos que isso traz ilusões”, verificou José Carlos Alexandrino, recordando que Oliveira do Hospital tem vingado pelo “empreendedorismo das suas gentes” e não de grandes grupos. O autarca chama até a atenção para o facto de em Oliveira do Hospital se fazer o caminho inverso, já que no caso da Agloma a empresa arrancou nas mão de gente do concelho e só depois atraiu o grupo Sonae.

Um empreendedorismo de base local que José Carlos Alexandrino comprova pela participação massiva no concurso municipal de ideias de negócio e que, na próxima edição deverá ver alargado o leque de premiados, como forma de o município estimular e transmitir confiança aos jovens empresários.

Um apoio ao empreendedorismo que Alexandrino considera tão importante para o concelho como a realização de eventos que têm o propósito claro de dar a conhecer o concelho e de promover a “marca” Oliveira do Hospital. “Há quem ache que isso é tudo despesa”, reagiu o presidente numa crítica à sua adversária política – Cristina Oliveira, candidata pelo PSD – e à qual questiona se os apoios dados no ano passado aos pastores e os subsídios na área da educação, entre outros, são considerados despesa ou investimento. “Dizem que não viram nenhuma obra. Mas não me consta que sejam cegos”, continuou ainda o presidente da Câmara, notando que a candidata do PSD à autarquia, no âmbito daquilo que é a sua atividade profissional, “tinha obrigação de conhecer a obra do Centro Escolar de Nogueira do Cravo”.

Numa sessão, onde Francisco Pegado, assegurou a disponibilidade do IAPMEI continuar a “apadrinhar os esforços que correspondam ao desenvolvimento e empreendedorismo”, também o presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital valorizou o “esforço titânico” dos jovens “para levar para a frente as empresas e depois se deparam com situações que levam ao desânimo”. António Lopes referia-se em concreto às “empresas que todos os dias fecham em Portugal” e que obrigam a que os quadros formados no país sejam “apetecíveis” lá fora, acabando por contribuir para a “produção de riqueza nos países mais ricos”. “E depois andamos aqui curvados”, lamenta o também empresário que critica a utilização indevida que empresários deram a dinheiros que entraram no país com o objetivo de “se modernizarem e de se preparem para o combate que aí vinha”. “Erros acumulados” que o responsável concelhio acredita que darão, agora, lugar a um caminho de esperança para o qual contribui a ESTGOH e a BLC3. “Oliveira do Hospital há-de ter futuro”, disse confiante.

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