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“Não prometemos nada, o que pedimos é confiança na nossa lista”

… na corrida pela liderança da estrutura estudantil que, conta à cabeça com Viviane Rodrigues. Em entrevista ao CBS – acompanhada pelo candidato a vice-presidente Rogério Queirós – a aluna de Administração e Finanças garantiu que não a move qualquer “jogo psicológico” e que está nesta luta a bem do futuro dos alunos e da escola.

CBS – O que é que te levou a encabeçar uma lista candidata à Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital?
Viviane Rodrigues –
Isto começou com uma simples conversa de café. Estávamos a falar sobre o que é que se devia mudar ou não na ESTGOH. Tendo por base esses critérios constituímos uma lista e decidimos fazer muita e boa coisa pela escola.

CBS – Frequentas o primeiro ano de Administração e Finanças e não és de cá. Já tens a perfeita convicção daquilo que é importante mudar na ESTGOH?
VR –
Sim é verdade, sou de Terras de Bouro no distrito de Braga. No entanto, apesar de estar no primeiro ano, este já é o terceiro ano que frequento a ESTGOH. Já tenho muitas ideais e opiniões sobre aquilo que é preciso mudar e o que é possível fazer.

Eu e os meus colegas de lista partilhamos dos mesmos ideais. Há pessoas que já cá estão há mais tempo do que eu e que já viram muito boa coisa e muito má coisa.

CBS – Enquanto candidata à AE da ESTGOH estás com certeza a par do trabalho que tem sido feito a nível associativo na escola. Que avaliação fazes do trabalho realizado pela equipa de João Paiva?
VR –
Também fiz parte da equipa do João. Aliás desde o primeiro ano que sempre fiz parte de todas as associações de estudantes, embora não enquanto cabeça de lista como desta vez.

CBS – Queres dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela anterior Associação de Estudantes…
VR –
Sim. A equipa anterior fez um bom trabalho. Apesar do pouco dinheiro que a Associação tinha ao dispor, conseguiu fazer muitas coisas diferentes. Pela primeira vez tivemos uma tenda para a realização da Semana Académica, que nos abrigou do mau tempo que se costuma registar no mês de Maio. Foi um bom investimento.

Para além disso, a equipa do João Paiva deixou ficar um bom dinheiro em caixa, o que não aconteceu com associações anteriores. Fez-se uma boa gestão das verbas anualmente cedidas pelo próprio Instituto Politécnico de Coimbra a cada uma das Associações de Estudantes. É de louvar a competência do presidente, no caso o João Paiva que soube lidar com as situações e com os percalços que teve.

Rogério Queirós – Não nos podemos esquecer de que é uma AE pequena e que tem poucas verbas. Nestas condições é complicado fazer-se algo de novo e de útil, porque o orçamento é muito apertado.

CBS – Decidiram avançar com uma candidatura porque o João Paiva manifestou vontade de não voltar a entrar na corrida.
VR –
Eu sabia que ele não ia avançar porque é muito trabalhoso estar numa Associação de Estudantes. Primeiro surgiu a lista adversária e em princípio só iria existir essa.

RQ – Era muito mau existir só uma lista, porque só era dada uma opção aos alunos.

CBS – A existência da outra lista foi um factor decisivo para vocês avançarem…
VR –
Também contribuiu, mas não foi só por isso. O que mais me motivou foi ter as pessoas certas para fazer uma AE e as ideais de cada um. Estamos todos juntos por uma boa causa.

CBS – Quais são os principais objectivos da lista F?
VR –
Nós não prometemos nada. O que pedimos é confiança na nossa lista.

CBS – É conhecida a existência de algumas quezílias entre a camada estudantil da ESTGOH. De que forma pretendem lidar com este tipo de constrangimentos?
RG –
Não enveredando pelas afrontas pessoais. Estamos aqui pela escola e dizemos o que queremos fazer. Não é nossa intenção entrar pelos campos pessoais de cada um.

VR – A nossa primeira preocupação é servir os alunos e a ESTGOH. Não queremos entrar por determinados jogos…isso passa-nos perfeitamente ao lado. Isso é que faz realmente a diferença.

CBS – Como é que está a correr o período de campanha e a relação com a lista adversária?
VR –
Por acaso este ano está a ser diferente. Não têm havido tantos jogos, nem atritos. Cada um faz aquilo que tem que fazer consoante as suas ideologias…
RQ – O contacto com a outra lista tem sido pouco. É claro que falamos, até porque temos lá amigos. Já com os restantes alunos da ESTGOH, o contacto tem sido muito bom, transmitem-nos confiança e dão-nos apoio. É isso que nos dá mais força para seguir em frente.

CBS – Há quem sustente que a lista F apareceu com o objectivo de impedir que os elementos que integram a lista adversária possam chegar à liderança da AE. Como é que comentam?
VR
– Se realmente existe esse boato, é porque as pessoas não têm o que dizer. Quem se candidata a uma Associação de Estudantes, não o faz só por uma questão de simpatias. Fazer parte de uma AE exige muito trabalho e não vale a pena uma pessoa meter-se nisto só por uma questão de gostar ou de não gostar da lista adversária.

CBS – Em concreto, o que é que a Lista F se propõe fazer?
RQ –
As habituais festas académicas, como a semana académica, semana do caloiro e o baile de gala. São coisas enraizadas que têm que ser feitas. Pretendemos também estudar a viabilidade de criação de um bar académico, avançar com novos protocolos na área da cultura. Os estudantes têm que ser os primeiros a estarem ligados à cultura, como em Coimbra, por exemplo, de onde partiram as grandes ideias e revoluções. Queremos levar eventos culturais para a escola e até estamos a pensar fazer um protocolo com a OHs.XXI, com a Livraria Apolo e com a loja Informundo, com o objectivo de – nos dois últimos casos – conseguirmos descontos para os jovens na compra de livros e material informático.

VR – Queremos também propor à direcção da escola a realização dos exames para os alunos maiores de 23 anos, em horário pós laboral. Nós não dizemos que tudo isto vai ser uma realidade, o que prometemos é que vamos tentar. Claro que não podemos mudar a escola, mas podemos fazer pressão junto de quem tem poder para isso.

CBS – Porque é que adoptaram a designação “F” para a vossa lista?
VR
– Porque a letra está associada às palavras que adoptámos para a nossa campanha: futuro, força e confiança. É tudo o que queremos por parte dos estudantes.

CBS – Estão confiantes num bom resultado?
VR
– Estamos confiantes no nosso trabalho e na capacidade que cada aluno tem para pensar. Temo-nos deparado com um pouco de tudo, com alunos que nos apoiam e com outros que estão indecisos, porque existe uma lista alternativa.
RQ
– Eu acho que se não existissem duas listas, iria haver uma grande percentagem de abstenções e até de votos em branco. Quando há uma lista única já se sabe quem vence e deixa de existir confronto de ideias.
VR – Acima de tudo queremos defender as nossas ideias e não entrar em jogos em psicológicos.

CBS – Em caso de um bom resultado no dia 8 de Janeiro, qual vai ser a vossa prioridade?
RQ –
Os protocolos e começar a preparar a Semana Académica e já não vamos ter muito tempo para isso. Durante o ano queremos ainda avançar com iniciativas desportivas, aproveitando o facto de termos na nossa lista um jogador profissional de andebol.

Nota de Redacção: Contactado pelo Correio da Beira Serra, o candidato da lista E, declinou o convite para a realização de uma entrevista. Fernando Pinheiro justificou a recusa com a justificação de que terá sido avisado por colegas para não dar nenhuma entrevista ao jornal, porque “uma pessoa diz uma coisa e os jornalistas escrevem outra coisa totalmente diferente”.

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