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NDEIB assinou hoje em Viseu acordo de cooperação “contra a crise”

“A situação é muito mais complexa do que se pensa, como é complexa também a quantidade de variáveis que devem ser estudadas para haver sucesso no seu combate”, afirmou, esta manhã, o dirigente do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial do Interior e Beiras, Fernando Tavares Pereira, numa referência à crise financeira que se abateu sobre o mundo, e que – conforme salientou – está a gerar uma desaceleração na economia global, com consequências no consumo e no investimento”.

Para o conhecido empresário, “a profundidade e a extensão da crise que a todos atinge e preocupa, irá deixar marcas nas empresas, nas famílias e nos estados, admitindo-se que o mundo caminhe para uma recessão excepcionalmente grave de recuperação muito lenta”.

Frisando que a preocupação do núcleo empresarial a que preside – com sede em Oliveira do Hospital –, “estende-se também àqueles que estão com problemas de subsistência, sejam eles desempregados ou endividados”, Tavares Pereira realçou que a celebração daquele acordo de parceria com os representantes do Governo nos três distritos da Região Centro “constitui um grande motivo de orgulho”, já que o Gabinete de Apoio à Crise do NDEIB “terá um âmbito de actuação alargada”.

A terminar a sua intervenção, o empresário nascido em Touriz, concelho de Tábua, há precisamente 53 anos, sublinhou ainda que a região “não pode perder de vista o objectivo de melhoria das suas infra-estruturas rodoviárias, nomeadamente o IC 6, IC 7 e IC 37”, porque – conforme argumentou – são “itinerários há muito prometidos que, uma vez construídos poderão dar um contributo para a instalação de novas empresas e para uma melhoria da competitividade geral de todo o tecido económico regional”.

“O IP3 é neste momento uma das maiores vergonhas do país” 

Sorrindo e ripostando a alguns “piropos” do presidente da câmara de Carregal do Sal – “este presidente deixa-me sempre encavacada”, respondeu a Governadora Civil da Guarda a Atílio dos Santos Nunes, um de entre vários autarcas da Região Centro e representantes de diversas entidades que compareceram na assinatura deste acordo –, Maria do Carmo Almeida Borges enalteceu a preocupação do NDEIB e dos empresários que “não cruzam os braços nos momentos difíceis”, ao quererem participar activamente no combate à crise.

“Temos que ser parte da solução e não do problema. A seguir a esta crise vamos com certeza sair mais fortes”, afirmou aquela representante do Governo no distrito da Guarda, sem deixar de sublinhar que os municípios da região “não podem querer sempre as mesmas coisas” para se desenvolverem. “Temos que nos complementar”, frisou.

Numa alusão às acessibilidades da Região Centro, Maria Borges considerou que “o IP 3 é neste momento uma das maiores vergonhas do país”.

Transformar os maus ventos em energia 

“Vamos aproveitar os maus ventos e transformá-los em energia”, sentenciou, por sua vez, o Governador Civil de Coimbra.

Salientando que com esta iniciativa “inter-municipal” o NDEIB “quer colocar-se do lado da solução e não do lado do problema”, Henrique Fernandes considerou fundamental que aquele núcleo empresarial tenha assumido “as suas responsabilidades sociais” ao querer participar no processo de valorização da região, e elogiou o que perspectivou como “uma convergência de sinergias para que se possam encontrar as soluções para os problemas mais prementes”.

O anfitrião nesta cerimónia – o Governador Civil de Viseu –, não poupou elogios a Fernando Tavares Pereira por querer “trabalhar com o Governo”, e destacou a importância deste acordo estratégico sob o ponto de vista de “trabalhar em rede para identificar os problemas e convergir na solução”.

Citando o seu homólogo de Coimbra, Acácio Pinto concluiu que, mesmo em tempo de crise, “só há maus ventos, para quem não os sabe aproveitar”.

Com a palavra crise sempre presente no enunciado, este acordo de cooperação estratégica – a câmara de Oliveira do Hospital não se fez representar numa cerimónia protagonizada por uma estrutura empresarial com sede no município oliveirense –, prevê vários pontos de actuação.

Um deles, por exemplo, estipula a criação de um gabinete de apoio às empresas e aos empresários, com equipas especializadas nas áreas do diagnóstico e gestão de recursos humanos e financeiros, com vista a que se definam “novos objectivos estratégicos para as empresas, transformando as actuais dificuldades em novas oportunidades”.

Outro dos objectivos, prende-se com a valorização da Região Centro, “explorando as suas vantagens competitivas”.

O acordo, que estabelece que cada uma das entidades nomeie um interlocutor, tem a duração de um ano, e após essa data será avaliado pelas partes envolvidas.

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