Tendo notado que, durante uma das sua intervenções, estava a ser filmado para o diário digital www.correiodabeiraserra.com, Mário Alves levantou-se, interrompeu a intervenção e, com um semblante a roçar a má educação, condicionou o trabalho da jornalista, Liliana Lopes, nos seguintes moldes: “Até me levanto para a senhora me filmar melhor. Até me pode filmar a beber água, se quiser…”.
O presidente da Câmara sabe – se não sabe, devia saber! – que tem de respeitar o trabalho dos jornalistas e sem qualquer tipo de interferências. Devia também saber – aliás já foi advertido disso pela própria Entidade Reguladora para a Comunicação Social – que aos jornalistas é-lhes permitido por lei utilizar o material necessário ao exercício da sua actividade jornalística: blocos de notas, gravadores, câmaras de filmar, etecétera, etecétera.
Infelizmente, do presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, o Correio da Beira Serra já espera tudo. Sabemos que o autarca lida mal com a crítica, gosta de uma imprensa subserviente e – perdoem o neologismo – “publicitariodependente”. Pois muito bem: Tem para isso o Boletim Municipal e todos os órgãos de comunicação social que enveredem por esse caminho.
O Correio da Beira Serra, esperava no entanto outra postura dos três vereadores do Partido Socialista que – impávida e serenamente -, assistiram à interferência do autarca do PSD no trabalho da jornalista. Perante a arrogância e a postura anti-democrática de Mário Alves, os três eleitos locais do PS optaram pelo cómodo silêncio, validando assim o comportamento do edil oliveirense. É um comportamento reprovável e politicamente cúmplice por parte de uma oposição que, do meu ponto de vista, às vezes parece ter medo de o ser.
Mas, enfim…como alguém um dia disse, “uma ave deve voar, mesmo que o céu esteja cheio de abutres”. É o que o Correio da Beira Serra continuará a fazer!
Henrique Barreto