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Nove autarquias da região pressionam Governo para concluir IC6, IC7, IC37 e IC12

Nove autarquias da região Centro solicitaram ao Governo, no âmbito do processo participativo sobre o documento Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030, do gestor António Costa Silva, a “concretização urgente dos eixos de coesão territorial e desenvolvimento IC6, IC7 e IC37”, designados Itinerários Complementares da Serra da Estrela, bem como a conclusão do IC12, entre Canas de Senhorim e Mangualde (Viseu).

Esta tomada de posição já tinha sido defendida pelo empresário Fernando Tavares Pereira que, num artigo de opinião no CBS, referia ser esta a altura ideal para pressionar o Governo a realizar estas obras. “Estamos a pouco mais de um ano das eleições autárquicas e estando por cá alguns emigrantes, infelizmente este ano não são tantos como anteriormente, porque a pandemia tem sido uma causa respeitada e muito grave para todos os  países, sinto necessidade de, mais uma vez, pedir para que os políticos da nossa região se unam e defendam de uma vez por todas as acessibilidades já prometidas há dezenas de anos”, escrevia, assegurando que “as condições estão reunidas”. “Temos 80 por cento dos municípios da região liderados pelo PS, a mesma cor do governo. Julgo, até por isso, ser oportuno pressionar o nosso governo para cumprir o que nos vem sendo prometido. Oportunidades destas houve bastantes, mas nunca chegaram a bom termo”, resumiu o empresário.

A reivindicação, agora tomada no âmbito da discussão pública promovida pelo Governo, é feita pelos municípios de Seia e Gouveia (distrito da Guarda), Covilhã (Castelo Branco), Viseu, Carregal do Sal, Nelas e Mangualde (Viseu), e Coimbra e Oliveira do Hospital (Coimbra). No documento, os autarcas apresentam ao primeiro-ministro, António Costa, a sua expectativa para que os eixos territoriais de coesão associados aos IC6, 7 e 37 “possam finalmente, com justiça, ser concretizados e assumidos” como “elementos fundamentais de desenvolvimento do vasto território compreendido entre Coimbra, Covilhã e Viseu”.

Justificam que a concretização destes eixos, num investimento global de 500 milhões de euros, “cuja maturidade ao nível dos estudos e projectos permite a prossecução imediata do procedimento concursal de execução, é fundamental para mitigar os défices de integração espacial, económica e social que ainda se verificam nesta área do território regional e são decisivos para o seu desenvolvimento”.

“Só com a resolução do défice estrutural de acessibilidade nestes territórios será possível dinamizar o desenvolvimento socioeconómico da Serra da Estrela e dos eixos urbanos territoriais associados à estrada da Beira e na ligação dos três importantes pólos urbanos Coimbra, Viseu e Covilhã”, fundamentam.

Segundo o documento a que hoje a agência Lusa teve acesso, os subscritores consideram também que os IC6, 7 e 37 “são determinantes para proporcionar um novo enquadramento competitivo às empresas instaladas e a instalar, designadamente associados às fileiras do queijo, do calçado e têxteis, do pão, da madeira, dos produtos locais, bem como do acesso dos cidadãos aos serviços de saúde, educação, cultura e desporto”. Os autarcas apontam ainda a necessidade de o Governo “relevar”, no eixo Carregal do Sal, Nelas e Mangualde, “a necessidade urgente da conclusão do IC12, entre Canas de Senhorim e Mangualde”, uma via “que está para ser construída desde 1990”.

O documento, enviado por via electrónica no último dia da consulta pública da “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030”, foi também entregue ao primeiro-ministro, em Coimbra, na segunda-feira, no decorrer da conferência nacional do PS “Recuperar Portugal”.

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