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O cravo. Autor: Fernando Roldão

Esta palavra significa muito mais do que a flor com o mesmo nome, podendo ser, por exemplo, um instrumento musical, de teclas surgido na Europa, por volta do século XIII.

É também um prego usado para fixar as ferraduras nos cavalos e até está ligado ao ditado, “dar uma no cravo e outra na ferradura”.

Infelizmente para muitas pessoas é, também uma espécie de pedra no sapato, mas que nesse caso se chama verruga e que pode aparecer também nas mãos.

Vamos encontrar esta palavra, oriunda do grego ( Dianthus ou “flor dos deuses”) para designar a flor cravo, muito bonita e usada em muitos eventos, desde funerais a casamentos.

Vamos falar um pouco do cravo, flor, deixando para o final as outras designações.

A semeada do cravo, das floristas, deve ser feita em Fevereiro/Março, em abrigos, para futuro transplante no solo em Abril e nunca antes.

Após a semeada de verão, o resultado desta pode ser visualizada no Outono seguinte.

Também é possível semear cravos na Primavera, desde que protegidos da geada.

Hoje em dia, com a proliferação das estufas, é possível ter cravos mais vezes durante o ano.

No dia 25 de Abril, não se fala noutra coisa que não seja, no cravo, flor ou liberdade.

Alguns saudosistas da “sinistra” insistem, numa doentia e bolorenta pregação para que este dia seja considerado o dia da liberdade e a existir este dia, seria 1 de Dezembro de 1640

Eu tenho as minhas certezas de que realmente isso não é verdade, como convém a esse grupo de pessoas, que falam como araras ou papagaios, sem perceberem o que é a liberdade.

No mês de Abril, dia um, é celebrado o dia da mentira e acho que assenta que nem uma luva para o resto dos dias, tantas são as mentiras que defendem e apregoam.

Vamos ao ditado de que falei neste texto e que sem sombra de dúvida, todos estes pregadores dão uma no cravo e outra na ferradura.

Gritam aos ventos que foi no mês de Abril que foi instaurada a liberdade em Portugal.

Eu vou dizer que antes desta data, em Portugal, só não se podia ser comunista e por via disso aconteceu uma perseguição a esta ideologia, que levou à morte, um pouco mais do que uma centena de portugueses.

A liberdade existia, o que custa é aceitar este facto como verdadeiro, para assim poderem continuar na senda da destruição da economia, dos direitos, liberdades e garantias dos portugueses.

A liberdade que apregoam, esboroou-se completamente na censura decretada para as redes sociais e órgãos de comunicação social, chegando ao extremo de colocarem praticamente Portugal em prisão domiciliária, através de leis ilegais e inconstitucionais, para não falar das mentiras que estiveram na base deste escândalo.

Uma florista tinha, em Abril, dezenas ou centenas de cravos para distribuir pelos militares? Uma coincidência tão grande como os dois navios, estrangeiros, que estiveram fundeados no Tejo nessa semana.

As verrugas, como expliquei, surgem nas mãos ou nos pés, lamentando que elas não tenham nascido na língua destes pregadores da liberdade.

Estamos cansados desta liberdade que só nos trouxe corrupção, bancas rotas, compadrios, censura e mentiras, uma verdadeira afronta para com o humilde povo português.

Milhares de compatriotas estão revoltados com todo este circo diário, ostensivo e ofensivo para com os seus direitos.

Gente que se serve dos seus cargos em benefício próprio, não serve para nos governar.

Está na hora dos portugueses, estudarem melhor a história de Portugal, sobretudo ente 1908 e a actualidade, não colocando de lado toda a conjectura mundial durante o mesmo período.

A “revolução do 25” surgiu devido aos interesses, de algumas grandes potências, nas nossas colónias, nas suas riquezas e por essa razão, entre outras, havia necessidade de provocar a queda do governo de Portugal, para assim se poderem instalar, como veio a acontecer.

A tal polícia secreta, tão temida e tenebrosa, não ficaria alerta quando aconteceu o golpe militar, falhado, das Caldas da Rainha?

Numa ditadura, os implicados no golpe seriam fuzilados e todas as instituições militares passadas a pente fino, para que não acontecesse a cultura dos cravos, fora do seu tempo.

O cravo, instrumento musical, tem sido eximiamente tocado para adormecer o Zé Povinho.

A música “celestial” que se liberta das suas cordas, anda a adormecer este sacrificado povo, que por este andar, um dia só lhe restará mesmo, plantar cravos.

 

 

 

Autor: Fernando Roldão

Texto escrito pelo antigo acordo ortográfico

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