Home - Opinião - Editorial - “O que parece é”

1 - O PSD vencido, nas eleições de 12 de Abril, não desliga a ficha e também não desperdiça uma oportunidade para se manter na “pole-position” das autárquicas de 2009. Na verdade, em política o que parece é e o facto de o vice-presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, Paulo Rocha, ter aparecido repentinamente como mandatário concelhio de Manuela Ferreira Leite, constitui só por si um importante sinal de que a facção política ligada a Mário Alves, que por sua vez também já manifestou apoio à antiga ministra, tudo fará para impedir a candidatura de José Carlos Mendes à presidência da Câmara.

Quando se pensou que tudo poderia ter ficado resolvido naquele dia D que foram as eleições internas do PSD, creio que os sociais-democratas vão protagonizar uma daquelas novelas do género da TVI: nunca mais acabam.

“O que parece é”

2. Com o guardião do templo adormecido e as tropas sociais-democratas agora dispersas por batalhas nacionais, o principal partido da oposição – o PS – não está a saber gerir o actual momento político e tarda em dar sinais claros sobre as suas intenções para 2009. E das duas uma: Ou o PS reage rapidamente ou, então, quando o cenário político começar a ficar mais clarificado, os socialistas vão novamente encontrar o terreno minado.

3. Depois de termos ficado de fora do projecto dos novos centros educativos financiados pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional – daqui a uns anos os municípios vizinhos pedem-nos meças em termos da qualidade de instalações escolares – é uma verdadeira asneira política o presidente da Câmara vir agora a público rejeitar, unilateralmente, a possibilidade da instalação de uma loja do cidadão de 2ª geração em Oliveira do Hospital.

4. Com um argumento de provincianismo bacoco – como aquele de que as lojas de 2ª geração são para encerrar serviços locais – o autarca de Oliveira do Hospital está a impedir o progresso e confesso até ter dúvidas se Alves alguma vez terá entrado numa loja do cidadão.

5. Se Alves fosse perspicaz, avançava com o processo e – com agilidade – talvez conseguisse inclusivamente fazer regressar alguns balcões de serviços públicos que Oliveira do Hospital perdeu para Seia, como são os casos da EDP e da Portugal Telecom.

Henrique Barreto

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