Um grupo de sete pessoas, com idades compreendidas entre os 28 e os 62 anos e que há já vários anos se vinha dedicando ao tráfico de pessoas entre Portugal e Espanha, para fins de exploração laboral foi hoje constituído arguido.
De acordo com comunicado, a investigação conduzida pela Directoria do Centro da Polícia Judiciária apurou que os suspeitos residem, habitualmente, em Espanha, sendo que alguns deles se deslocavam a Portugal com o objetivo de angariarem pessoas para trabalhos agrícolas naquele país, com a falsa promessa de serem bem remuneradas.
Segundo a PJ, em Espanha as vítimas desempenhavam tarefas agrícolas diversas e eram obrigadas a trabalhar em condições degradantes, desumanas, sem receberem qualquer salário, sendo coagidas e ameaçadas quando manifestavam o desejo de regressar a casa.
As vítimas, todas do sexo masculino, residentes em zonas rurais dos concelhos de Tábua, Oliveira do Hospital, Seia, Nelas e Mangualde, são – como adianta o comunicado – “pessoas socialmente vulneráveis, psicologicamente frágeis, dependentes do álcool ou de drogas e, consequentemente, muito influenciáveis”.
No desenrolar da investigação, a Polícia Judiciária contou com a colaboração da Guardia Civil espanhola, que realizou várias buscas nas zonas de Salamanca, Valladolid e Burgos, onde identificou e resgatou vários cidadãos portugueses que estavam a ser vítimas das ações criminosas em causa.